Materiais:
Enviada em: 23/10/2017

A partir da fortalecimento da Igreja Católica, mormente na Idade Média, os dogmas religiosos seguem moldando os valores sociais da humanidade. Nesse cenário, vale destacar que a referida instituição considera o suicídio pecado tão grave que impede a celebração dos rituais de sepultamento nesses casos. Observa-se, assim, que o assunto constitui tema pouco discutido na sociedade brasileira. A prevenção do suicídio entre jovens no Brasil dar-se-á pelo acesso à informação institucionalizada em consonância com o fortalecimentos das relações pessoais.               No que se refere à informação, é indubitável que, para evitar casos de suicídio, as famílias precisam conhecer os principais motivos que podem culminar nesse ato. Nesse contexto, torna-se imperativo que sejam reconhecidas situação de risco, como sintomas de doenças psicológicas ou problemas de interação social. No entanto, a forma de abordagem do tema ainda não é consenso entre os profissionais de saúde. Comprova-se isso pelos recentes artigos divulgados pelo Conselho de Psicologia sobre a preocupação de aumento no número de mortes relacionadas à exibição da série "Os 13 porquês". É possível afirmar, pois, que a informação tem o condão de ajudar as famílias nessa prevenção, contanto que ocorra sob a égide de adequada orientação profissional.              Outrossim, cabe salientar que o fortalecimento das relações pessoais propicia ao jovem o apoio necessário para superar as situações críticas. Não obstante, a dinâmica familiar observada na sociedade atual, com pais trabalhando e acesso de filhos aos aparelhos eletrônicos, evidenciam o crescente individualismo da modernidade. Segundo Émile Durkheim, um dos tipos de suicídio é o egoísta, em que há uma  individualização desmesurada, decorrente do afastamento entre os indivíduos e sociedade. De maneira análoga ao pensamento do filósofo, o combate ao específico tipo de suicídio citado consiste no aumento da interação familiar.               Destarte, entende-se que para prevenir os casos de suicídio entre os jovens brasileiros é necessário informação e apoio familiar. Dessa forma, o Ministério da Saúde deve distribuir, nos postos de saúde, panfletos contendo informações sobre a relação entre doenças e transtornos psicológicos e o suicídio, com o propósito informar a sociedade, bem como propiciar o tratamento com médicos especializados e psicólogos. Além disso, as escolas devem realizar eventos culturais e de lazer, com a participação dos familiares da comunidade escolar, com o fim de incentivar atividades que priorizem a interação. Assim, tornar-se-á possível evitar esse problema que tanto prejudica as famílias e a sociedade.