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Enviada em: 24/10/2017

De acordo com o sociólogo Zygmunt Baumann, em sua obra Em busca da política, nenhuma sociedade que esquece ou deixa que caia em desuso o ato de questionar pode esperar encontrar respostas para os problemas que a afligem. Nessa perspectiva, tornam-se passíveis de discussão os meios para a prevenção do suicídio na juventude brasileira, não só pelo diagnóstico prévio de transtornos mentais, mas também pela participação da família na vida dos jovens.    Segundo dados da OMS, 90% dos casos de suicídios são decorrentes de algum tipo de transtorno mental. Esse dado evidencia a necessidade de reconhecer os primeiros sinais dessas patologias como a depressão, a bipolaridade e a esquizofrenia, pois, o tratamento e o posterior acompanhamento psicológico desses casos inibem, em grande maioria, atos suicidas.   A sociedade contemporânea é conhecida pelo fim de barreiras físicas para a comunicação, entretanto, as relações nos núcleos familiares se tornam cada vez mais distantes. Essa falta de comunicação impede que questões como o bullying, abusos sexuais, isolamento social e aceitação do próprio corpo, problemas presentes na vida dos jovens, sejam expostos e que essas famílias possam aconselhar e buscar apoio profissional para a solução desses problemas. Nessa direção, muitos casos poderiam ser evitados já que o dialogo é uma das formas mais eficazes de combate ao suicídio.   Portanto, é imperativo prevenir os casos de suicídio por meio da identificação de transtornos mentais e do apoio da família aos problemas enfrentados pelo jovens. Sendo assim, é necessário que o conselho de psicologia junto com Ministério da Educação formulem cartilhas e peças publicitárias com os sinais mais perceptíveis de distúrbios mentais que levam ao suicídio. Além disso, a sociedade civil organizada deve realizar debates públicos para o entendimento de como o dialogo nos núcleos familiares é fundamental no combate ao suicídio.