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Enviada em: 23/10/2017

Devido pressões externas de seus opositores, em 1954, o Presidente da República Getúlio Vargas, comete suicídio no palácio do catete, originando uma repercussão nacional. Embora date de séculos passados, a problemática é persistente na sociedade brasileira em função da isenção coletiva em negar o assunto, além da família ausente decorrente da rotina padronizada, contribuindo para a cristalização do impasse.        Em primeiro lugar, é possível afirmar que a padronização e robotização, imposta pela sociedade contemporânea, impulsionaram a agravante do problema, principalmente entre os jovens. Atualmente, instituiu-se uma ditadura da felicidade, em que os seres humanos devem viver na superficialidade de sentimentos bons, no qual a tristeza e angústia não podem existir. A ideia de negligenciar as emoções humanas, denuncia uma sociedade enraizada em seus interesses próprios e que não discute as causas e consequências do suicídio, contribuindo para o silenciamento do assunto. Desse modo, a visão deturpada de que o suicídio entre os jovens é motivo de vergonha e condenação, fatores que afirmam o assunto como tabu, comprova a ausência de acolhimento aos necessitados de ajuda.        Segundo Émile Durkheim, sociólogo francês, o suicídio é resultado do meio social que circunda o ser. Conforme tal pensamento, as opressões sociais, como o bullying e homofobia, demonstram que o assunto não deve ser tratado de forma individual. Entretanto, a ausência da família, em ajudar, dialogar sobre o problema e participar da vida social de seus filhos, mostram o desinteresse dos familiares em tratar o autocídio através do amor familiar, acarretando um problema de saúde pública. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), 90% dos casos de suicídio podem ser evitados quando há oferta de ajuda. À vista disso, é de suma importância a participação da família para se trilhar os caminhos da minimização da problemática entre os jovens.        Torna-se evidente, portanto, que o suicídio, resultado de fatores sociais desajustados, ainda é velado nos costumes modernos. Nesse cenário, cabe ao Governo instituir programas em praças publicas com psicólogos tendo como intuito ajudar e orientar às famílias para que se tornem presentes na vida dos filhos. Além disso, seria necessário a escola discutir sobre as prevenções ao suicídio e promover um momento de diálogos, abraços e palavras de afirmação entre os alunos. Só assim, o combate ao suicídio entre os jovens seria concretizado.