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Enviada em: 23/10/2017

Tal como a AIDS foi um tabu na década de 1980 e 90, o suicídio é um tabu para a atualidade. Durkheim escreveu que uma sociedade sem coesão, sem harmonia e sem solidariedade terá maiores taxas de suicídio. É na busca de reparação dessas falhas que se encontra a chave para o combate ao suicídio.   Em números oficiais, 32 brasileiros morrem por dia em decorrência do suicídio. Em contrapartida, especialistas afirmam que 9 em cada 10 casos de suicídio poderiam ser evitados. O modo de vida ao qual somos submetidos nos levam a distanciamentos, da família e amigos, que acabam sendo tóxicos para nossa saúde mental.   A modernidade líquida pode ser um atenuante entre os jovens, visto que dão mais valor aos vínculos eletrônicos e ,assim, estarem mais vulneráveis ao distanciamento e isolamento. Nesse contexto, o jovem pode não ter o apoio necessário para lutar contra a névoa tóxica em sua mente.   A falta de apoio emocional é também um agravante. O jovem é um ser despreparado para lidar com suas emoções e, sem a presença da família para identificar o problema e dar o devido suporte, através do diálogo ou encaminhando até um profissional, surgirá brechas para o agravamento de uma saúde mental já prejudicada.   Portanto, é necessária uma adesão social firme ao senso de reparação. Os veículos midiáticos podem promover debates sobre o assunto, para que haja a conversa no seio familiar e a informação chegue. Organizações não-governamentais, com apoio das prefeituras, podem promover palestras sobre saúde mental nas escolas públicas e particulares, possibilitando os jovens enxergarem o apoio e tornando-o acessível, tal como o Centro de Valorização da Vida dispõe.