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Enviada em: 29/05/2018

O maior entre todos os desafios, sem dúvida, é falar sobre o tema. Além disso, a ausência de maturidade para com os problema diários e o isolamento colocam os jovens no grupo de risco. O suicídio não tem relação direta a fatores econômicos, e sim com os laços afetivos.     É preciso desmistificar esse conceito de que falar sobre assunto contribui para o aumento do número de casos. Paradoxalmente, de acordo com Robert Paris, presidente do Centro de Valorização a Vida (CVV), 90% dos casos podem ser evitados, ou seja, na maioria das vezes o suicida comete o ato justamente por não ter a quem recorrer, alguém que possa apresentar os fatos a partir de outra perspectiva. A exemplo, como o ocorrido com José Domingos, de 27 anos, na cidade de Bom Jardim, Maranhão. Na ocasião, se matou enforcado no dia posterior ao Natal de 2016. Segundo irmãos do suicidário, o mesmo já havia comentado algo sobre suicídio em outras oportunidades, no entanto, optaram pela não abordagem ao tema com receio de complicar o quadro.     Indo além, segundo uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) há um maior número de suicídio de pessoas entre 15 e 29 anos. O fato, é que a sociedade em meio ao mundo globalizado tendem a diminuir os laços afetivos de acordo com o dinamismo do cotidiano, é ai que se encontra o perigo, pois como o imediatismo é intrínseco ao jovem, isso faz com que sejam alvo das emoções, e não é por acaso que essa faixa etária sempre foi alvo de ideologias revolucionárias. Na medida em que há esse distanciamento das relações interpessoais à também a possibilidade de tomar decisões impensadas, é nesse ínterim que o suicídio acontece. Como o caso do casal, Kaena Novais, de 18 anos e Luis Fernando de 16, encontrados mortos em um hotel de luxo, Maksoud Plaza, em São Paulo.     Diante do exposto, fica claro que o melhor caminho para prevenir o suicídio está numa relação sólida, de confiança, entre país e filhos e amigos próximos. O Sentimento de empatia deve estar no topo da lista.