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Enviada em: 24/10/2017

Em meio às crises de 1929, muitos empresários norte americanos acabaram por tirar suas próprias vidas pela conjuntura econômica que se alocava no mundo. No entanto, o suicídio ainda afeta a contemporaneidade de forma expressiva, ainda que não muito abordado pelos veículos de informação. Nesse sentido, é imprescindível analisar como a relação da sociedade e a falta de abordagem das mídias dialogam com a questão do suicídio entre jovens no Brasil.       Antes de tudo, é necessário apontar o papel da sociedade nessa problemática, onde muitas pessoas encaram o suicídio como um problema individual e isolado. No entanto, o jovem comumente inseguro e contestador, busca sempre uma aceitação e inserção social e, quando não à encontra, o mesmo fica mais propenso a questionar sua própria existência e importância no mundo. Já cita o sociólogo Émile Durkheim quando afirma que o suicídio é um fato social, portanto exterior ao indivíduo.       Ademais, a dificuldade na abordagem midiática sobre esse impasse corrobora para a criação de um tabe acerca do tema. A Organização Mundial da Saúde indica para não tratar sobre os casos de suicídio em noticiários e tentar evitar esse assunto em programas televisivos. Dessa forma, complicando para que a sociedade e os elementos que a cercam busquem atenuar esse chamado "desespero silencioso".       Mediante os fatos elencados, fica clara a responsabilidade social e os desafios de debater abertamente sobre a questão do suicídio entre jovens brasileiros. Nesse sentido, cabe a própria mídia, por meio de publicidades e projetos, divulgar centros de apoio, como CVV (Centro de Valorização da Vida) e outros com o mesmo objetivo. Outrossim, o Estado, por sua vez, deve disponibilizar psicólogos em postos públicos de saúde visando mobilizar e ajudar a população, mostrando que, apesar de não tratado dessa forma, o suicídio é um problema de saúde pública.