Brás Cubas o defunto-autor de Machado de Assis diz em suas “memórias póstumas” que não teve filhos e não transmitiu o legado da nossa miséria. Talvez hoje ele percebesse acertado a sua decisão: pois com os caos noticiados de suicídios de jovens é preocupante o porque deles chegarem a tal ponto, haja vista que mesmo com toda uma vida pela frente tem essa “coragem” de se suicidar. É notório que, coragem não é o melhor termo, haja vista que muitos são motivados para fugir dos problemas, sentimentos. O maior deles é o relacionamento amoroso, sob ângulo histórico vale lembrar-se dos antigos poetas que “morriam de amor” como, por exemplo, o Álvares de Azevedo que aos 20 anos morreu, porém de tuberculose que ao contrário do suicídio era uma doença sem cura na época . Todavia o suicídio é acarretado por uma doença, indivíduos que já tentaram tal ato na maioria dos casos têm depressão, transtorno ou até mesmo bipolar e que se deve ser tratado com psiquiatras ou psicólogos. Um caso recente de tentativa de suicídio foi noticiado em todas as mídias, onde um jovem grava um vídeo para sua namorada a xingando e logo em sequência se joga da ponte Rio-Niterói, mas, felizmente, sobreviveu. Porém nem todos têm essa “sorte”. Tudo começa com pensamentos de que a morte é a melhor saída, se automutilam, rasgam a epiderme dos pulsos, barrigas. Locais que nem sempre são perceptíveis para que seja visto e detido. É nítido que nunca é de repente, sempre dão sinais e é necessário abrir os olhos e principalmente o ouvido para que a pessoa possa desabafar, mas nunca dando conselhos, mas sim, ajudar a pessoa a procurar um médico. O setembro amarelo fala exatamente sobre como é essencial que se procure ajuda e se fique atento a isso que normalmente é imperceptível. Portanto cabe a todos os integrantes da sociedade lutar por mudanças de pensamentos desses jovens, com olhares mais atentos ao próximo. É dever do Estado cuidar desse problema, uma boa iniciativa seria por psicólogos nas escolas, para que eles possam ter quem fique atento a sinais e que possa ajudar rapidamente, evitando tragédias, outrossim seria a campanha do setembro amarelo em todas as mídias principalmente com propagandas em TV’s abertas e abordagem dos temas nas novelas e além disso o ministério da saúde implementar um disque suicídio, com profissionais especializados 24 horas para indivíduos do momento da euforia tenha alguém que os escute sua dor e encaminhem para um tratamento. Tendo em vista acabar de vez com essas mortes e criando assim um legado que Brás Cubas pudesse se orgulhar.