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Enviada em: 26/10/2017

No início de 2017, a série norte americana "13 Reasons Why" abordou um tema pouco discutido: o suicídio entre adolescentes. Além de possibilitar debates, a obra fictícia apontou para um problema que acontece também fora das telas, e que segundo a O.M.S, cresce gradativamente, tornando visível a necessidade da busca por caminhos para previnir o suicídio entre jovens no Brasil, considerarando o suporte político e social primordiais nessa causa.    Em primeiro plano, deve-se fazer a ligação direta entre vítima e sociedade. Segundo Durkheim, o suicídio não é produto de um ato individual, mas sim resultante de ações coletivas. Em sua obra "O Suicídio"  (século XIX) o autor também aborda a sensação de deslocamento por parte do suicida, situação que pode ser observada atualmente por meio do bullying frequentemente praticado por crianças e adolescentes, seja virtualmente ou até mesmo no âmbito escolar.     Nesse contexto, surge a preocupação com a forma com que as autoridades estão lidando com esse impasse. Entre os caminhos para combater ações suicidas, incluí-se o debate responsável sobre esse tema, entretanto, apesar de sua dimensão, o assunto não é levantado pelo Estado na medida que se espera. Isso se confirma com o episódio "Baleia Azul" (jogo conhecido por encorajar jovens a tirar sua própria vida), noticiado de maneira rasa e sem maiores manifestações por parte do governo.    Fica claro, portanto, o grau sistêmico do exposto, indicando a necessidade de ações políticas para que a conduta social seja modificada. O Governo Federal, em conjunto com o Ministério da Saúde, deve elaborar campanhas informativas sobre o assunto, assim como palestras dentro de escolas, alertando, orientando e sanando dúvidas, tão como auxiliando a família a identificar possíveis comportamentos suicidas. O cuidado com essa geração refletirá  no sucesso de todas as próximas.