Materiais:
Enviada em: 24/10/2017

Não é difícil lembrar notícias acerca de jovens que tiraram sua vida no último ano. Essa imagem, tornou-se frequente nos dias de hoje, uma vez que se vive em uma sociedade na qual as conturbações dessa fase são socialmente menosprezadas. Nesse sentido, é imprescindível apontar o suicídio entre os jovens como um impasse expressivo no Brasil, o qual necessita ser revertido. Desse modo, é essencial a identificação das causas e do contexto em que ocorre afim de solucionar a problemática.    Um dos tópicos que devem ser abordados é a negligência que ocorre com as patologias psicológicas. É indubitável que os avanços propiciados pelas revoluções industriais geraram uma transmutação na organização social; nessa nova conjuntura o tempo passou a ditar o ritmo da sociedade. Desse modo, é inquestionável que o corpo humano tornou-se um dos principais prejudicados, com o surgimento, por exemplo, de comorbidades que afetam o bem-estar psíquico. Nesse contexto, a depressão passou a apresentar taxas de prevalência expressiva, sobretudo, no contingente mais jovem, posto que estes encontram-se em constante cobrança. Além disso, a falta de tratamento motivada essencialmente pela estereotipação, que taxa esses indivíduos como emocionalmente instáveis, colaboram para perpetuar o entrave. Dessa forma, torna-se essencial a ação do governo na promoção da saúde mental.    Ademais, não há dúvidas que os avanços informacionais contribuíram para perenizar o impasse. O crescimento dos meios de comunicação, como as mídias sociais, revolucionaram as formas de interação, contudo proporcionaram também uma ferramenta de manipulação. Nesse sentido, é oportuno destacar as recentes notícias a cerca de um novo "jogo" difundido, no facebook, chamado baleia azul, no qual os jovens são incentivados a praticarem mutilações, culminando no suicídio. Desse modo, é inegável que a possibilidade do anonimato nessas redes aliado a ausência familiar, garantiu a indivíduos mal intencionadas coagirem jovens a tais práticas.      Torna-se evidente, portanto, que são necessárias medidas para reverter o entrave. Em primeiro lugar, o Ministério da Educação junto aos meios de comunicação, deve promover campanhas afim de reduzir o preconceito da população acerca das doenças mentais, como a depressão. Nesse contexto, ainda devem ser realizadas atividades nas escolas, destinadas à família e alunos, afim de promover informações sobre os sinais e tratamentos de patologias psicológicas. Dando continuidade, as assistências sociais municipais devem realizar ações, como rodas de conversa que incentivem o pais participarem ativamente da vida em filhos, sobretudo, no ambiente virtual. Só assim, o suicídio entre jovens, deixará de ser uma problemática expressiva no Brasil.