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Enviada em: 24/10/2017

A melhor escolha é a vida     Dados do Ministério da Saúde mostram que o suicídio é a quarta maior causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos. Os índices vêm aumentando gradativamente, no entanto o assunto ainda permanece um tabu. Por que em pleno século XXI tantos jovens brasileiros escolhem tirar a própria vida?      A confusão de sentimentos experimentada no período da adolescência é um assunto debatido, reconhece-se que tal fase envolve uma série de conflitos internos e que saber lidar com eles exige controle emocional, o que consequentemente nem todos possuem. Entretanto, as angústias vividas pelos jovens podem se tornar banais perante os olhos do adulto. É comum ouvir que adolescentes são dramáticos, aliás o que não comum é ouvi-los. Exatamente um dos motivos que poderiam resolver inúmeros problemas e resgatar vidas: atenção.    A falta de diálogo e compreensão é notória na sociedade contemporânea, poucas pessoas se revelam empatas e dispostas a auxiliar o outro em sua dor. A alternativa mais viável é julgar como banal o sofrimento do próximo. Nietzsche diz que "o homem é uma corda estendida entre o animal e o super-homem: uma corda sobre um abismo". O jovem pode se confundir com o abismo, na dúvida se atravessa ou pula. Adolescentes estão mais suscetíveis a quadros de depressão, uso de drogas, problemas com bullying e dificuldades com a própria sexualidade, fatores que aumentam o risco de suicídio.    Família e escola são a base desse processo, afinal muitas crises são desencadeadas a partir delas, assim devem acompanhar e conversar sobre as frustrações, entender os fracassos e perceber que todos passam por eles. As estratégias de prevenção existentes são importantes, mas ainda insuficientes. A mídia pode ser uma aliada para abordar a questão do suicídio; é preciso falar mais; divulgar mais, desenvolver campanhas publicitárias enfatizando que a melhor escolha é a vida.