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Enviada em: 26/10/2017

Contrariamente ao que visa a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, o suicídio está engajado em um clímax de sentimentos mundanos. No entanto, seu combate é um desafio. Diante disso, deve-se analisar como a falta de interdependência dos brasileiros e o escasso entendimento e divulgação dos meios de prevenção influenciam na potenciação do problema em questão.       Na sociologia de Émile Durkheim a ideia de solidariedade social era a de que quanto maior o grau de interação de um grupo, mais firmemente ancorados estariam os indivíduos, ou seja, inversamente proporcional às taxas de suicídio. Na atualidade, portanto, não é o que ocorre, visto os índices de crescimento desse quadro. A exemplo, dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) apontam que, em menos de quinze anos, houve um aumento de dez por cento dos casos. Diante disso, é inevitável a mudança dessa realidade.       Por conseguinte, os jovens carecem de informações e acesso aos meios de prevenção, visto que esporadicamente são divulgados. Isto posto, os caminhos que previnam o ato tornam-se mínimos. Os jovens, por sua vez, ficam à mercê da utopia, sem expectativas de auxílio. Sob esse ângulo, o documentário da Netflix "Nosso Reino" retrata o fato de maneira concisa, em que um pai de família viu-se sem esperanças e cometeu o ato, deixando a família em busca de explicações.        Vê-se então, de modo exposto, a necessidade de medidas que resolvam o problema. É interessante que, desde cedo, escolas e famílias se unam a fim de agregar na formação de seres humanos interdependentes, por meio de pequenas ações solidárias na própria comunidade. Além do mais, que o Governo conceda subsídios a órgãos responsáveis por campanhas sobre prevenção do suicídio, visto que, é inviável limitá-las ao setembro. Ademais, reuniões e debates que esclareçam e orientem a população - com foco nos jovens - acerca do assunto a fim de minimizar os danos e evitar o ato.