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Enviada em: 24/10/2017

Após o sucesso da série "Os Treze Porquês" e da preocupação nacional acerca do jogo "Baleia Azul", que influenciava pessoas a tirarem a própria vida, o Brasil viu-se diante de uma massa de jovens que enfrentava crises existenciais em silêncio, mas que teve seu problema exposto e veiculado pela mídia após os fatos citados. O suicídio juvenil, pauta de discussão durante meses, tornou-se um desafio para famílias e para o Estado. No entanto, para prevenir o que Durkheim considerou um fato social é necessário, primeiramente, entender suas causas.     Isso porque, majoritariamente, esse ato é apenas um sintoma, o último, de transtornos, como a depressão, ansiedade ou bipolaridade. Tais enfermidades são taxadas como as doenças do século XXI, pois ascendem numericamente no mundo e no Brasil, que segundo a Organização Mundial da Saúde, é o país mais depressivo da América Latina, além de contar com a maior taxa de ansiedade do planeta.      Apesar disso, esses transtornos carregam consigo rótulos, estereótipos e preconceitos de uma sociedade que até então não conhecia de fato os sintomas ou as consequências que esses podem causar se não houver tratamento adequado. Em contrapartida, se, na Idade Média, os estados alterados da mente eram vistos como manifestações sobrenaturais, hodiernamente, a comunidade cientifica já comprovou que esses não passam de traumas ou falhas neurológicas que, assim como observado pela personagem India Morgan Phelps na produção literária "A menina submersa", podem ser até mesmo hereditários e tratados como qualquer outra enfermidade por psiquiatras e psicólogos.       Desse modo, depreende-se que o suicídio juvenil pode ser prevenido se medidas forem aplicadas para solucionar suas causas. Com isso, o Ministério da Saúde deve, em parceria com o Ministério da Educação, incentivar o debate sobre as doenças mencionadas ao disponibilizar psicólogos e psiquiatras a adolescentes em todas as escolas, pois, assim, os alunos poderão receber auxílio se detectados com alguma característica suicida. A Associação Brasileira de Psiquiatria deve, por sua vez, em parceria com o Centro de Valorização à Vida, iniciar uma campanha ao veicular, nas redes de televisão, comercias em que médicos encorajem pais e familiares a conversarem mais com seus filhos, pois, por vezes, esses já pediram pela ajudam que necessitam e o pedido apenas não foi atendido.