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Enviada em: 25/10/2017

O ato de atentar contra sua própria vida, compõe o comportamento humano desde o início da civilização. Entretanto, como já visto em gêneros como "Romeu e Julieta", escrito Shakespeare ou nos livros de história após a dita frase "saio da vida para entrar na história", por Getúlio Vargas, o suicídio se aparenta demasiadamente heroico ou, até mesmo, romântico.    Essa equivocada visão acerca do ato de tirar a própria vida, foi se transformando ao decorrer do tempo. Tomado de outra forma, o assunto foi se ocultando sob os preceitos conservadores que, cada vez mais, tomavam força na vida moderna. Logo, observa- se como resultado imediato e, segundo problema do combate ao suicídio, a falta de diálogo entre as família e no âmbito escolar.    Em 2014, fora contabilizado pela organização SIM que, a cada cem mil jovens de 15 a 29 anos, aproximadamente, 6 cometem suicídio no Brasil. O tabu imposto sobre o assunto pelo atual posicionamento ideológico da sociedade, atua, analogamente, como o "fato social" proposto por Durkheim,  o que contribui para que dados como esse passem despercebidos por todos os cidadãos, que insistem em tratar o assunto sem seriedade. Como já comprovado, o suicídio é causado por problemas psicológicos reais, não mais "frescura" ou ato de apenas "covardia" diante dos problemas da vida. De acordo com a OMS, em, aproximadamente, 75% dos casos, a pessoa já apresentava transtornos como depressão e ansiedade.   Desse modo, ao entender o descaso e ocultamento de tal assunto como epicentro do problema, pode- se perceber a importância da família e da educação como formadores éticos de um cidadão. Hodiernamente, as relações familiares estreitam- se à uma condição cada vez mais superficial, o que é um grave problema, tendo em vista que, a falta de sensibilidade dos pais para perceberem seus filhos, dificulta o contato com eles e, por conseguinte, a busca por um profissional. Não tem como se combater o que não está se "vendo". De acordo com a OMS, em, 60% dos casos de suicídio entre jovens, os pais admitem- se ausentes. Frases como: "Nunca percebi" ou "Mas na outra semana ele(a) estava tão feliz", são comuns em depoimentos.    Sendo assim, um interessante caminho de resolução é a implementação de palestras, nas escolas públicas e privadas, para jovens e, separadamente, para os pais. Assim, tanto os pais como os jovens podem se sentir mais livres para falar, mas, uma vez na semana, o colégio abrirá uma mesa de debate com pais e filhos, estimulando a interação entre os dois, o que aumentará o dialogo em casa. Tanto as palestras, como as mesas, irão ser ministradas por psicólogos contratados pela prefeitura local. Colocando a educação como fator em evidencia para uma sociedade melhor como previsto por Paulo F. .F.  FF