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Enviada em: 25/10/2017

Embora apresentada no século XVI, a tragédia de Romeu e Julieta já abordava o suicídio: uma das maiores causas de morte entre jovens de até 19 anos no Brasil no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. A falta de um lugar no qual o adolescente possa se sentir confortável e a sensação de estar sem soluções configuram um assassinato em que a vítima e o agressor são a mesma pessoa. Neste sentido, é notório que uma série de fatores influenciam o jovem a cometer esse crime que deve ser combatido.      É relevante abordar, primeiramente, o papel das instituições escolares nessa questão. O bullying, problema mundial encontrado em qualquer escola, é uma das principais causas de suicídio entre jovens. Nessa faixa-etária, o indivíduo é influenciado facilmente pelas opiniões alheias, e nesta tentativa de se encaixar, passa a agir de forma inconstante, e como consequência, perde sua identidade e não reconhece o seu papel no mundo. Dessa forma, o ambiente escolar torna-se um pesadelo para muitos jovens que não se adequam aos padrões exigidos pela sociedade seja esteticamente ou no que se refere à sua personalidade.     Sob esse viés, o sociólogo Zygmunt Bauman defende, na obra “Modernidade Líquida” que o individualismo é uma das principais características – e o maior conflito – da pós modernidade, e consequentemente, parcela da população tende a ser incapaz de pensar no próximo. A falta de empatia com o outro, para tentar ajudar ou conversar, é um dos maiores problemas desse mundo egocêntrico, em que as dificuldades pessoais são consideradas mais importantes em detrimento das dificuldades dos outros. Desse modo, a família, muitas vezes não observa sinais claros que pessoas com pensamentos suicidas apresentam. Neste contexto, um caminho possível para combater esse problema é desconstruir o maior problema da pós-modernidade: o individualismo.       Fica evidente, portanto, que a melhor forma de se combater essa questão é através da prevenção. Para isso, é fundamental que o Ministério da Educação (MEC) em parceria com psicólogos de rede pública promovam aulas temáticas, debates e teatros com o objetivo de se combater o bullying, e consequentemente, o índice de suicídios, ressaltando sobre a importância da vida, podendo também, criar espaços de alunos sobre a fase da adolescência. Inclusive, em parceria com a mídia, o MEC deve fazer campanhas para que a nação se conscientize dessa problemática a família possa observar conversar com seus filhos, e caso necessário, encaminha-los para psicólogos. Dessa forma, a obra "Romeu e Julieta" será símbolo de uma época em que a vida não era valorizada.