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Enviada em: 27/10/2017

No ultrarromantismo, a geração de escritores foi marcada por conta do forte sentimento de inadequação à realidade, solidão e desgosto de viver. Em análogo a isso, há geração de jovens brasileiros que caminha em direção a uma nova onda de depressão e tendência suicida, em virtude de problemas sociais. Dessa forma, torna-se essencial entender as causas desse fenômeno para possíveis soluções que possam lidar com a situação.     Em primeiro lugar, de acordo com a OMS, cerca de 800 mil pessoas cometem suicídio ao ano, o que representa uma morte a cada 40 segundos. Indubitavelmente, esse número está relacionado com as diversas pressões sociais que os adolescentes precisam lidar como o bullying, preconceitos e desilusões amorosas, pois são responsabilidades  que favorecem a depressão e, potencialmente, o suicídio. Desse modo, essa ação de autocídio é encarada como uma escapatória para esses problemas.       Ademais, segundo o sociólogo e filósofo Zygmunt Bauman, a sociedade contemporânea vive uma época de liquidez e fluidez em que as relações se tornaram cada vez mais superficiais. Em análogo a isso, há a fragilidade das relações familiares em que os pais não têm tempo para acompanhar a vida dos filhos e, por conseqüência, as dificuldades e transtornos passam despercebidos ou ignorados nas famílias. Sendo assim, as vítimas desses distúrbios emocionais não encontram amparo no âmbito familiar, o que pode gerar consequências mais graves como o suicídio.    Fica claro, portanto, a necessidade de medidas para resolver essa problemática. Para tanto, cabe ao Ministério da Saúde oferecer mais psicólogos no SUS com foco em atender os jovens, assim como, amplamente divulgar esses serviços nos meios de comunicação, para assim as vítimas encontrarem assistência. Outrossim, o MEC deve promover palestras, por meio de professores e especialistas, com o intuito de alertar os pais e alunos sobre o tema e a importância do apoio familiar, para assim diminuir o quadro de suicídio entre os jovens.