Materiais:
Enviada em: 26/10/2017

Ao descortinar o século XXI, a contemporaneidade, marcada pelo advento do viés democrático e globalizado, permitiu a consolidação dos meios de comunicação e a modificação das relações interpessoais com a maior exposição no meio virtual. Nessa conjuntura, houve a preconização e viralização dos casos de suicídio entre os jovens do Brasil, com a manutenção de obstáculos para a prevenção, configurando, assim, um problema de saúde pública.                 Em primeira análise, é válido ressaltar os reflexos do suicídio na sociedade. A esse respeito, relaciona-se os transtornos mentais e emocionais, geralmente aliados à depressão, além de eventuais frustrações nos relacionamentos, dificuldades financeiras, deslocamentos sociais e baixa autoestima, que acarretam a exclusão do indivíduo e posteriormente, crises existenciais. Sob essa ótica, pode-se constatar típicos sintomas, geralmente transparentes nas redes sociais, que subjugados pela negatividade, evoluem para a premência de morrer.                  Na esteira dos caminhos para a prevenção do suicídio, alude-se à sustentação dos obstáculos mantidos em âmbito social. Isso porque, a população não reconhece os primeiros sinais do potencial suicida, que, comumente, é acusado de querer causar alerta por motivos banais. Em corolário a essa realidade, criou-se a campanha Setembro Amarelo para o combate ao suicídio, a fim de alinhar a população no pensamento do filósofo Rousseau, em que o homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado, exaltando a impostergável responsabilidade coletiva de familiares e amigos no processo de prevenção.                          Torna-se evidente, portanto, os obstáculos nos caminhos para a prevenção do suicídio. Sendo assim, é primordial que as responsabilidades sejam compartilhadas entre o Poder Público, as escolas e a mídia social. É imperioso que o Ministério da Saúde, em parceria com as escolas, estabeleça análises psicológicas e comportamentais periódicas dos alunos, com o suporte profissional de psicólogos, professores e médicos, a fim de reconhecer sintomas precoces e direcionar o tratamento para a prevenção do suicídio. Cabe à mídia social complementar com o engajamento ficcional de novelas e seriados com o fito de trabalhar a atenção às modificações comportamentais, além de propor debates públicos e campanhas alinhadas ao Setembro Amarelo. Assim, promove-se o desenvolvimento pessoal para a elevação da qualidade de vida.