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Enviada em: 27/10/2017

É possível perceber que suicídios entre jovens têm se tornado cada vez mais frequente nos últimos anos. Hoje, no Brasil, mortes com essa causa são consideradas problemas de saúde pública e são chamadas "epidemia silenciosa". Por essa razão, pode-se dizer que os principais motivos relacionados a essa crescente taxa está na falha do SUS em relação ao tratamento dessas pessoas e na possibilidade de encontrar no suicídio uma solução para os problemas.     O sociólogo Durkhein no livro "O Suicídio" tenta mostrar que o autocídio não é um fato individual, mas social que está inserido e envolve diretamente toda a sociedade. Nesse sentido, é possível afirmar que quando o homem não se sente mais parte de uma comunidade, ou participante dela ele vê na morte uma solução para o problema. Relacionado a isso, a maioria dos adolescentes, devido a impulsividade e as várias formas de bulling que são submetidos, não conseguem entender a irreversibilidade do ato e acabam por praticá-lo.      Além disso, outro fator que intensifica a prática desse ato é o de ser um problema que age de maneira silenciosa, devido, principalmente, ao tabu relacionado ao assunto. O sistema de saúde pública é o principal responsável por essa falha de comunicação e discussão do tema  entre a sociedade e os especialistas, isso por que algumas doenças da mente não são consideradas doenças e por isso acabam, muitas vezes, sendo "negligenciadas".     É preciso, portanto, que órgãos públicos, como as secretarias de saúde utilize a mídia e sua influência para propagar a campanha do "Setembro Amarelo" que começou em 2014 e ainda é pouco falada no país, a fim de promover uma discussão sobre o assunto tornando mais conhecido suas causas e como ele pode se expressar nos jovens. Além disso, o SUS deve investir em profissionais da área psicológica para o tratamento desses indivíduos e promover palestras públicas, para falar sobre o tema e alertar os pais sobre quando procurar um especialista.