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Enviada em: 26/10/2017

Na obra "Os sofrimentos do jovem Wether", o protagonista encontra no suicídio uma forma de livrar-se das dores de um amor não correspondido. Hoje os jovens continuam encontrando no suicídio uma forma de libertação, seja pela influência das redes sociais, seja falta de tratá-lo como fator social pela sociedade brasileira.        É incontestável que as redes sociais possuem aspectos positivos, como ajudar a criar e manter relacionamentos, sendo também uma opção de entretenimento. Por outro lado o "refugio do mundo real" causa uma falsa sensação de companheirismo, faz com que jovens se sintam sós e desamparados. Bem como, pais cada vez mais ausentes na criação utilizando de bens materiais para consolar seus filhos, incentivando o individualismo e falta de capacidade para lidar com frustrações.      Segundo Dukheim, o suicídio por mais que pareça ser um fator individual, é um fator social. Ao seguir essa linha de pensamento, pesquisas demonstram dados ainda inéditos mostram que, em 12 anos, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos subiu de 5,1 por 100 mil habitantes em 2002 para 5,6 em 2014. Observa-se que o mesmo no nosso país se encaixa na teoria do sociólogo, uma vez que estratégias nacionais de prevenção não são prioridades para diminuir esse índice, sendo tratado com tabu.       Infere-se, portanto, que o suicídio é um mal para a sociedade brasileira. Sendo assim, cabe ao Governo Federal os Centros de Valorização da Vida (CVV), aumentando o número de suas sedes pelo território do país, assim como aplicativos para smartphones que garantem sigilo e fácil acesso, além de recursos para escolas contratarem psicólogos para ministrarem palestras e efetuarem consultas entre os jovens. Ademais, a sociedade deve se mobilizar em redes sociais, com o intuito de conscientizar a população sobre as principais causas de suicídio entre jovens. Assim poder-se-á transformar o Brasil como um país que enfrenta o suicídio como fator social.