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Enviada em: 28/10/2017

O sociólogo Émile Durkheim, em seu livro "O Suicídio", reforça a tese de que tirar a própria vida não é um fato individual, e sim social. O Brasil, atualmente, revela um sério problema de saúde pública, pois trata-se de um assassinato em que a vítima e agressor são a mesma pessoa. Além disso, não só a violência psicológica nas escolas, mas também, a carência afetiva na esfera familiar são fatores favoráveis no comportamento suicida de inúmeros jovens.   Recentemente, a Netflix divulgou a série 13 Reasons Why cuja temática principal é abordar a pressão vivida pela personagem Hannah Baker, vítima de bullying, que após tentar se inserir na nova escola foi marginalizada e desdenhada por todos e que culminou no seu suicídio. De acordo com a OMS, desde 2012 cerca de 800 mil pessoas entre 15 até 29 anos morrem anualmente e 28% dos estudantes já foram vítimas de algum tipo de violência nas escolas. É inadmissível esses dados no cenário brasileiro e é necessário medidas para cessar o problema tão frequente nos dias atuais.   Segundo o Departamento de Saúde Mental e Medicina Legal da UFG, a família representa a condição necessária para o desenvolvimento de vínculos que garantam a sobrevivência social e afetiva das pessoas. Entretanto, um ambiente com perdas de laços cordiais, similar ao que Hannah vivenciou, é considerado fator desencadeante para tirar a própria vida, haja vista que os jovens tendem a se isolar em um mundo sombrio e sem amparo em que o seu maior desafio é a batalha interna.  Infere-se, portanto, que o suicídio é uma triste realidade para a sociedade brasileira. Sendo assim, cabe ao Ministério da Educação criar nas escolas uma comissão composta por professores e psicólogos para dar assistência a adolescentes que estão ausentes das atividades escolares e, assim, identificar os fatores de risco, estabelecendo linhas que estimulem a autoestima dos adolescentes. Dessa forma, poder-se-á erradicar o problema social que foi reforçado por Durkheim.