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Enviada em: 31/10/2017

Atribui-se a Martin Luther King a frase: “o que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. Podemos conectar esse pensamento à importância de falar sobre como combater o suicídio, epidemia silenciosa, entre os jovens brasileiros. Mas antes de tentar solucionar esse impasse, devemos primeiro analisar as causas do autoextermínio e também o porquê do tabu de falar sobre o assunto.      Inicialmente, Júlio Jacobo Waiselfisz, criador do Mapa da violência,  divulgou que em 90% dos casos de suicídio são preveníveis.  Pois, na maioria das vezes, o problema está relacionado a doenças mentais, depressão e dependência química. Sabendo desse dado, não se pode ignorá-lo. Sendo assim, devemos identificá-las e buscar os tratamentos específicos de cada sintoma apresentado pelos adolescentes.               Por conseguinte, pouco se fala sobre o tema. Isso, provavelmente, na intenção de evitar o efeito Werther, termo usado na literatura técnica para designar uma onda de suicídios copiados. Assim como na Lei de Newton, para toda ação existe uma reação, devemos reagir com diálogo essa ação silenciosa do autocídio. Dessa forma, quebra-se o tabu e mais pessoas podem, por esse meio, relatar aos outros sua pretensão que, geralmente, aos olhos das outras pessoas isso é tratado como "aborrecência".              Portanto, atitudes conjuntas são necessárias para repugnar essa quietude que tange o suicídio jovem no país. Cabe ao Ministério da Saúde, com intuito de prevenção, disponibilizar a toda a população, através do SUS, médicos especializados nos principais motivos da autodestruição. Já ao MEC, a fim de mudar o conceito errôneo do silêncio, promover, nas escolas, palestras conscientizadoras aos pais, alunos e professores sobre a importância de não se calar sobre o assunto, pensando que é apenas uma fase na vida do adolescente. Assim feito, diminuir-se-ia a preocupação do pensador Luther king e a tal epidemia.