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Enviada em: 01/11/2017

Renascimento da humanidade  Segundo Vladimir Herzog, jornalista brasileiro, quando se perde a capacidade de indignar-se com as atrocidades alheias, não se pode mais considerar-se civilizado. Diante dessa perspectiva, os índices de mortalidade, atrelado ao suicídio, são condizentes com a conjuntura brasileira, sendo a população juvenil a mais vulnerável. Nesse contexto, cabe entender tal situação, ao disseminar uma consciência informada e reestruturar um pensamento ditame.   Em primeiro plano, a sociedade é altamente influenciada pela indústria do entretenimento. De acordo com a passagem de Marshall Mcluhan, teórico da comunicação, a mídia não apenas é um canal passivo para o tráfego de informações, mas também molda o processo de pensamento. Nesse sentido, apesar da tentativa benéfica em promover a conscientização, as produções audiovisuais despertaram a romantização, por conta da catarse estimulada pelo enredo, das histórias de amor, no estilo Romeu e Julieta - tragédia a qual fez o jovem casal desistir da própria vida em prol do amor.   Além disso, fenômenos sociais podem ocasionar o encurtamento da adolescência. Por conta da fase de transição, os adolescentes ainda não atingiram sua plena maturidade, e por isso são mais suscetíveis à frustrações. Nesse viés, convém ressaltar que a erotização precoce  afeta a formação destes indivíduos, sendo o gênero feminino o principal alvo. Isso é decorrente de uma cultura defasada, ainda intrínseca à comunidade, a qual desencadeia abusos, como a pedofilia, na medida em que associa, precipitadamente, o desenvolvimento estrutural do corpo a imagem de um adulto, dispensando de tal maneira, a idade em questão.   Torna-se evidente, portanto, que o cenário brasileiro necessita de atenções voltadas à saúde mental dos jovens. Desse modo, é de suma importância que associações civis, de caráter filantrópico, reforcem a relevância de debater sobre questões emocionais, por intermédio da disponibilidade ao oferecer serviços gratuito em plataformas acessíveis, utilizando a internet como um dos veículos, a fim de expor as características mais notórias de tendências suicidas. Com essa medida, talvez a civilização se comova com as causas humanas.