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Enviada em: 28/10/2017

A elevação dos índices de doenças psíquicas entre jovens brasileiros tem causado discussões sobre os padrões sociais impostos a esse público, como o fato de ser pressionados a obter um futuro promissor o quanto antes. Dessa forma, segundo Flávio Augusto da Silva, escritor do livro “Geração de Valor”, a ansiedade provém da insegurança com o amanhã, produzindo forte pressão no hoje. Nesse âmbito, pode-se analisar que esse problema tem como principal consequência o suicídio na juventude e precisa-se buscar meios de combatê-lo, por meio do diálogo e de tratamento.      Em primeiro lugar, cabe ressaltar que conforme o Mapa de Violência de 2017, a taxa de suicídios no Brasil na juventude aumentou em 10%. Isso revela que a depressão leva muitos jovens a se matarem, devido à dificuldade de lidar com as cobranças contemporâneas. Com base nisso, o filósofo Émile Durkheim tratava o suicídio como um ato individual, mas que também é resultado do meio social que o cerca. Além disso, essa prática ainda é tida, no país, como um tabu, de modo que quem pensa em retirar a própria vida ficam com receio de falar sobre o assunto, principalmente, com os familiares. Dessa forma, tais fatos dificultam o combate desse dilema.      Por outro lado, o Brasil é o 8º país com maior número de casos de suicídio, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), de modo que uma das principais disso é a falta de atendimento público para tratar doenças mentais, como a depressão. Isso porque faltam profissionais, na rede pública para ajudar aqueles que pensam em tirar a própria vida e precisam de ajuda emocional. Nesse sentido, segundo o sociólogo Charles Wright Mills, muitos dos problemas pessoais devem ser entendidos em termos de questão pública. Ademais, o pensamento suicida é visto por muitas pessoas como loucura, de forma que essa visão equivocada gera, principalmente nos jovens, vergonha de falar sobre isso.     Fica evidente, portanto, a necessidade de haver ações para sanar esse problema. Logo, cabe à família incentivar o diálogo entre os membros, a fim de evitar que os jovens se sintam pressionados e ansiosos, de modo a apoiá-los e ajudá-los a enfrentar os dilemas do dia-a-dia. Já o Ministério da Educação e Cultura deve realizar palestras e debates nas escolas, com parceria de profissionais qualificados, com o intuito de prevenir o suicídio juvenil e não mais encará-lo como um tabu, mas sim como um problema de saúde pública. Além disso, o Ministério da Saúde deve contratar mais psicólogos e psiquiatras para a rede pública, por meio da redistribuição das verbas da saúde, com a intenção de facilitar o acesso a tratamentos para transtorno mental para reduzir o número de indivíduos que tiram a própria vida.