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Enviada em: 30/10/2017

Durante a segunda fase do Romantismo brasileiro, no decorrer do século XIX, foram produzidas várias obras de caráter subjetivo e sentimental, motivadas, muitas vezes, por decepções amorosas. Nesse sentido, muitos autores não enxergavam uma saída para tanto sofrimento e recorriam à morte, utilizando frequentemente o suicídio, como forma de libertação das dores mundanas. No Brasil atual, essa prática é um problema de saúde pública relacionado aos jovens, sendo motivada, entre outros, pelo sistema econômico vigente e pelos meios de socialização, como a escola e a família- o que precisa ser mudado, a fim de se garantir o direito à vida.      Antes de tudo, é preciso analisar o capitalismo e suas implicações na contemporaneidade. Na era globalizada em que vivemos, com o avanço das comunicações, a rotina brasileira tornou-se corrida e estressante. Aliado a isso, movidos pela meritocracia, muitos cidadãos dão mais valor ao trabalho do que ao descanso e ao lazer. Assim, diante de um fracasso, com o psicológico saturado, muitos sentem-se insuficientes e realizam práticas suicidas a fim de se alforriarem da cobrança exigida pelo sistema. Segundo dados divulgados pela BBC Brasil em 2014, o número de casos afins a esses cresceu 10% em 12 anos, no maior país sul americano.      Ademais, os círculos sociais podem influenciar igualmente na manutenção dos crescentes índices de suicídio no país. Em escolas de todo o território, por exemplo, tornou-se corriqueira a prática de bullying, na qual escolares são humilhados por agressões físicas e/ou verbais, e a vítima, na maioria dos casos, sofre calada. Outrossim, há famílias brasileiras que não aceitam a orientação sexual, o credo professado e afins de seus filhos, visto que não atendem às exigências dos fatos sociais, vivendo em anomia, conforme estudos do sociólogo Émile Durkheim. Desse modo, os jovens podem desenvolver doenças psíquicas, como a depressão, e se autodestruírem.     Fica claro,portanto,que o suicídio está presente,cada vez mais,no Brasil e precisa ser cessado.Para isso,é viável a criação,nos departamentos policiais,de varas especializadas em bullying,contendo psicólogos;assim,casos poderão ser descobertos e as vítimas poderão encontrar amparo para superá-los, sem que se faça necessária a morte.Além disso,o governo federal pode investir em campanhas, através das grandes mídias,que conscientizem acerca do assunto e aconselhem e ajudem familiares a agir de maneira correta com os jovens,mantendo constantes diálogos e os aceitando independente de crenças ou sexualidade.Por fim,prefeituras podem investir em cultura, esportes e lazer nos municípios, para que melhore a saúde mental de seus cidadãos.Como disse o filósofo Descartes,"não há soluções fácies para problemas difíceis";mas,dessa maneira,a problemática poderá ser solucionada no país. país,tornando-o mais justo.