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Enviada em: 29/10/2017

No seriado, “13 Reasons Why”, Hannah Baker, além de passar pelos problemas da adolescência, sofre bullying. Nesse contexto, desenvolve transtornos mentais e, por falta de ajuda, suicida-se. Fora das telas, o suicídio entre jovens é realidade no Brasil e precisa ser prevenido. Assim, urge maior deliberação acerca da temática, com o propósito de que as mudanças sociais necessárias possam ser vivenciadas.        Conforme o ideário marxista da economia como determinante da sociedade, pode-se compreender como instituições hegemônicas conseguem disseminar seus dogmas. Em síntese, a Igreja Católica tratava transtornos mentais como “possessões demoníacas” ou “castigo de Deus” e a sociedade aceitava como verdade. Esse fato criou estigmas que diminuem a importância do tratamento da saúde mental até a contemporaneidade – suicídios possuem alta correlação com transtornos mentais.        Sob outro ângulo, pode-se avaliar a progressão do problema ao analisar, conforme a literatura machadiana, aspectos da natureza e da ética humana. Em síntese, o homem é visto como corrupto e desprovido de virtudes. Dessa forma, compreende-se a tendência da falta de empatia e aumento da tenuidade das relações, conforme a sociedade líquida de Zygmunt Bauman – as relações superficiais dificultam a identificação de pessoas com ideação suicida.         Conforme Émile Durkheim, as instituições sociais são responsáveis pela proteção e pela manutenção da sociedade. Nesse sentido, o Poder Legislativo deve criar projetos de leis que tornem obrigatória a presença de psicólogos ou psiquiatras nas instituições de ensino, garantindo a saúde mental dos alunos. Além disso, a sociedade civil organizada, o terceiro setor, deve realizar campanhas que estimulem a conscientização acerca do suicídio, como o “Setembro Amarelo”. Outrossim, o Ministério da Educação deve instituir palestras, nas escolas, ministradas por psicólogos, que informem como identificar e lidar com sinais suicidas; e, por fim, mídias governamentais, como “Hora do Brasil” e cartilhas a serem distribuídas, devem enaltecer a temática e alertar acerca dos sinais de uma pessoa com ideação suicida.