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Enviada em: 29/10/2017

O autocídio de adolescentes é uma problemática recorrente na história brasileira. Essa realidade tem indícios a colonização, período em que jovens escravos buscavam nessa ação autrodestrutva, a fuga da realidade escravocrata. Atualmente, o escape da realidade social é a principal causa de jovens brasileiros optarem por essa ação. Dados divulgados pela "British Broadcasting Corporation" - Brasil indicam que, entre 1980 e 2014, a taxa de autocídio entre juvenis de 15 a 29 anos aumentou em 27,2%. Dessa forma, realça-se a necessidade de atenção das famílias, das escolas e do governo perante essa realidade e a realização de medidas com urgência.    É de suma importância compreender na sociedade brasileira as configurações sociais e os motivos da alta ocorrência dessa problemática. Dentre os principais motivadores está a necessidade está a necessidade de aceitação do indivíduo no grupo social nesse momento intenso da vida. Como afirmado pelo filósofo Karl Marx, "o homem é por natureza um animal social", ou seja, não somente o convívio em sociedade é imprescindível para o bem-estar, mas também o envolvimento afetivo e a admiração dos demais membros da sociedade.     Ademais, a rejeição em meios sociais, seja por exemplo pela orientação sexual, diferenças econômicas, religiosas ou sociais perpetuam esse problema e pode fazer com que os sujeitos desenvolvam distúrbios emocionais e doenças mentais, como um quadro depressivo. O desenvolvimento de transtornos mentais é algo recorrente em autocidas, que, juntamente com o desacolhimento, aumentam a vontade desses indivíduos de por fim à vida. Assim, o suicídio é utilizado como uma escapatória às opressões que os rodeiam. Nesse contexto, é extremamente necessário o combate a essa realidade e a implementação de políticas públicas eficazes.    Em síntese, medidas cabíveis devem ser executadas rapidamente. O Ministério da Educação, juntamente com o Ministério da Saúde, devem implantar nas escolas palestras com psicólogos e com microfone aberto para vítimas depressivas e suicidas, a fim de uma abordagem específica sobre o assunto. Além disso, o governo deve confeccionar guias de prevenção ao suicídio e de como ajudar pessoas em quadros depressivos, vinculados em postos de saúde e hospitais públicos e privados, assim como a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou em 2016, com a finalidade do diálogo na sociedade e a conscientização da população sobre a temática. Com tais ações, os casos de autocídio de jovens no Brasil tenderá à diminuição.