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Enviada em: 30/10/2017

O jovem, após longas semanas em profunda melancolia, decide tirar sua própria vida. A adolescente, ao ter sua depressão insensivelmente classificada como “frescura” pelos familiares, planeja como colocar fim ao seu sofrimento por meio do suicídio. O cenário denota uma importante e grave discussão: os caminhos para prevenir o suicídio entre os jovens brasileiros.        A psicofobia e a depressão influenciam diretamente o problema do suicídio. As frustrações nas relações interpessoais, o preconceito e a falta de alteridade frente a pessoas que enfrentam transtornos mentais, como a depressão, contribuem para o desenvolvimento de pensamentos suicidas. Ademais, a existência de grupos na internet com pessoas de má índole agravam a situação à medida que se aproveitam da fragilidade das vítimas para incentivar o suicídio, através, por exemplo, do jogo “Baleia Azul”, que ganhou repercussão em abril deste ano, no qual a última fase era o suicídio.     Destarte, a depressão e sinais de melancolia que comumente são enfrentados de forma solitária pelo indivíduo, devem ser vistas sob um olhar preocupante pelos familiares e amigos, tendo em vista a potencial chance de culminar no suicídio. Desta forma, o sociólogo Émile Durkheim já apontava, no século XIX, a inversa proporcionalidade entre a integração social de um indivíduo e a probabilidade deste cometer suicídio, descrevendo assim uma grande ferramenta para se combater o problema.       Urge, portanto, que, analogamente à primeira lei descrita por Newton, a inércia seja quebrada para que haja mudanças no que tange ao suicídio. Para tanto, a família e amigos devem buscar e oferecer ajuda às vítimas através de conversas, como forma de evitar agravamentos que levem ao suicídio; o Ministério da saúde deve incentivar, através do aumento de psicólogos disponíveis no SUS, a pessoas com transtornos mentais a buscarem ajuda especializada; ONG’s, por sua vez, devem promover palestras de valorização à vida, realizando-as em centros universitários. corporações.