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Enviada em: 31/10/2017

Fim do complexo de Jeca        Se Monteiro Lobato estivesse vivo, fixaria seu olhar aos problemas com o suicídio entre os jovens no Brasil e certamente transformaria seu mais célebre personagem, Jeca Tatu, neles e diria que o jovem não é assim, ele está assim! Culpa de dificuldades em se encaixar em padrões, aliado a problemas com depressão e bullying.    Quando elaborou os conceitos de modernidade líquida, Bauman estabeleceu a tecnologia como carro-chefe das novas relações humanas; com muita fluidez, elas seriam moldadas de maneira mais superficiais. As redes sociais potencializam esse novo contato na medida em que todos desejam ser melhores que os outros, gerando uma competição que resulta em inveja e depressão, principalmente entre os jovens.       Durkheim definiu que seguimos normas exteriores e somos autônomos de nossas escolhas, desde que estejam dentro dos limites sociais. O bullying está estritamente ligado com os modos de padrões e os limites que a sociedade estabelece, o que é belo e correto são criados com o tempo e fortificados no mundo virtual. Embora a tecnologia possa fomentar problemas, ela também pode apresentar soluções, os jogos são alternativas de fuga da realidade para os adolescentes, apresentando um esquecimento dos seus problemas.        Jeca Tatu virou um novo homem ao receber um simples par de botas, ou seja, com pequenas atitudes podemos mudar uma vida. Pessoas com intuito de se matar têm muita facilidade em parecer de bem, é preciso fazer campanhas onde camisas são confeccionadas com dizeres do tipo: "o que você aparenta por fora, é o que você sente por dentro?". Contatar as empresas de jogos e estabelecer movimentos durante o setembro amarelo - mês de reflexão sobre o suícidio - com os personagens, fazendo propagandas para conscientização e o diálogo, resulta num adolescente preparado para lutar contra seus medos, se libertando do complexo de Jeca e valorizando sua vida.