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Enviada em: 31/10/2017

No século XX, houve grandes transformações políticas, sociais e culturais. Muitas novidades como o avião, o automóvel e o cinema, a psicanálise de Freud ou a teoria da relatividade de Einstein, originaram novos modos de vida e pensamento. No entanto, mesmo diante de tais fatos, no século XXI, o suicídio entre os jovens no Brasil atua como um entrave em relação aos avanços citados. Por isso, é preciso de olhar mais apurado a respeito dessa problematização, para descobrir as suas raízes.                 De fato, existem vários fatores que desencadeiam a autoexecução entre os adolescentes no país, e um dos mais banais é o bullying. Em vista disso, a escola, sinônimo de inclusão social, tem sido o principal local de constantes atos de violência física ou verbal entre os alunos, comumente vistos em vídeos nas redes sociais, sendo práticas que revelam a ausência de ações pedagógicas que visam desconstruir o estereótipo preconceituoso existente em relação ao que é diferente, alimentado majoritariamente pelos padrões impostos pela sociedade. Dessa forma, percebe-se que um dos motivos para a autoexecução é o processo de exclusão, evidenciando a necessidade de um trabalho educacional que busque o respeito no ambiente escolar.                 Nesse enfoque, é importante destacar também sobre a dificuldade da população de identificar transtornos mentais, como a depressão, que ocasionam no suicídio. Posto isso, a falta de esclarecimento por parte do setor da saúde de algumas gestões municipais, provocam no não reconhecimento dessa doença pelos munícipes, fomentando a rejeição ao invés da busca pelo tratamento. À guisa de exemplo, tem-se as visitas dos agentes de saúde nas casas, que pecam pela escassez de orientações para as famílias acerca de como lidar com o problema. Destarte, o país urge por políticas públicas que visem informar os indivíduos, para gerar a conscientização a respeito dessa patologia silenciosa, consequentemente, diminuindo o número de autodestruições entre jovens.              De acordo com René Descartes, todo problema que se resolve, torna-se uma regra que, depois, serve para resolver outros problemas. Desse modo, cabe ao Ministério da Propaganda desenvolver anúncios no Facebook, Twitter, para atingir o público juvenil, sobre como as agressões e insultos afetam os indivíduos, com o objetivo de gerar conscientização. Já a escola, á luz do conhecimento, deve promover palestras entre psicólogos e estudantes, acerca da discriminação como também do princípio da isonomia previsto no artigo 5 da Carta Magna. Outrossim, os municípios devem realizar a capacitação dos profissionais da saúde, afim de melhorar o suporte aos cidadãos brasileiros por meio da informação.