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Enviada em: 01/11/2017

Álvares de Azevedo, poeta da 2ª fase do Romantismo, em seu poema ''Se eu morresse amanhã'', deixa claro seu desejo pela evasão da realidade através da morte. Embora date de séculos passados, a problemática é presente entre jovens no Brasil, em função da persistência coletiva em encobrir o assunto, somado à assistência médica falha.    A continuidade de uma sociedade em que silencia o suicídio é o principal responsável pelo problema. Outrossim, para o sociólogo Durkheim, quanto maior o grau de solidariedade social, haverá menos probabilidade de suicídio, contudo, tal fenômeno ainda é visto como tabu, motivo de vergonha, fraqueza e proibido em conversas familiares, com a errônea concepção que tocar no assunto é incentivar tal ato. Em decorrência disso, sentimentos humanos são passiveis de medicação.     Não obstante, o despreparo dos profissionais da saúde corrobora negativamente para a prevenção do problema. Destarte, a equipe das emergências do país veem o paciente suicida como incomodo, ademais, quando há uma tentativa de autocídio, o indivíduo é conduzido para o pronto-atendimento, onde não há médicos qualificados no tratamento, a intervenção cirúrgica é feita, mas o acompanhamento psicólogico é negligenciado.        Torna-se evidente, portanto, que as escolas devem criar comissões de psicólogos que conversem com os alunos e os pais, com a finalidade de trazer a discussão na família. Faz-se mister que as universidades  capacitem os futuros médicos a fim de que eles saibam lidar com os jovens que precisam de precisam de ajuda, adicionando disciplinas obrigatórias voltadas à questão do suicídio. Paralelamente, o Governo deve investir na profissionalização dos profissionais da saúde, para oferecer melhor tratamento gratuito à população.