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Enviada em: 02/11/2017

No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10 de setembro), a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo. No Brasil, segundo o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), de 2002 à 2014 houve o aumento de praticamente 10% no número de casos de suicídio entre os jovens de 15 a 29 anos, o que denota a falha no combate a este problema. Deste modo, não só o Brasil como no mundo inteiro, o suicídio precisa ser debatido e prevenido.    O suicídio sempre foi um tabu ao longo da história, no entanto, o assunto está em voo, principalmente devido à série “13 reasons why”. A série narra a história de uma adolescente que planeja seu suicídio e deixa fitas, após o ato, nas quais relata os motivos que levaram-na a acabar com sua vida. Apesar de uma obra fictícia, os motivos que levaram Hana Baker ao suicídio são iguais a de muitas pessoas: o Bullying, a solidão e o abuso sexual. Além desses, crises econômicas, discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero, agressão física e/ou psicológica podem também ser fatores que levam o Indivíduo ao suicídio.   Embora tais fatores estejam presentes na vida da maioria das pessoas, a falta de zelo familiar, paralelamente, sensação de abandono e doenças, como a depressão, podem propiciar o ato. Com o advento do capitalismo, das tecnologias e redes sociais, o contato humano está em decaimento, principalmente nas famílias, onde os pais trabalham e não possuem muito tempo para dar atenção aos filhos. Essa sensação de solidão adstrito com algum fator, já mencionado, pode levar o desenvolvimento da depressão. Segundo a OMS, de 10 casos de suicídio 9 poderiam ser evitados e mais da metade dos suicidas se encaixavam no quadro clínico da depressão. E como já disse o psicólogo e doutor Edwin Schneideman, a melhor forma de entender um suicídio não é estudando o cérebro, e sim, as emoções. Por conseguinte, saber sobre depressão e o que leva o indivíduo a cometer essa violação contra a sua própria vida podem amenizar o problema.   Portanto, o Ministério da Educação justamente com o Ministério da Saúde e ONGs devem desmistificar o tabu do suicídio, principalmente nas escolas e redes sociais, através de palestras e propagandas que possam atingir os jovens e seus familiares para saberem diagnosticar possíveis sinais que podem levar o indivíduo a cometer o ato. Após a população ser informada sobre o problema; a família e a escola com a ajuda de profissionais especializados, como terapeutas e psicólogos, devem atuar no tratamento, dando suporte e ajudando o indivíduo a entender suas emoções. Dessarte, a cooperação da família, da escola e do governo vão atuar na prevenção do suicídio e ele consequentemente irá reduzir.