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Enviada em: 03/11/2017

A obra "Romeu e Julieta", do escritor inglês William Shakespeare, retrata a história de um amor impossível entre dois jovens que tem como fim um desfecho fatal: o suicídio de ambos os amantes. Do mesmo modo, no Brasil atual, é frequente casos de sacrifício da própria vida quando os jovens enfrentam dificuldades para as quais não encontram solução. Esse problema, impulsionado pelos valores cultivados no mundo hodierno e pela ascensão da internet no país, necessita ser enfrentad          É indubitável que a frieza e a falta de solidariedade da contemporaneidade estejam entre as causas da problemática. No livro "Modernidade Líquida", o sociólogo Zygmunt Bauman defende que o individualismo é uma das principais características - e o maior conflito - da pós-modernidade. Diante de tal cenário, o homem moderno se fecha para o seus próprios problemas, julgando não ter tempo para se preocupar com a saúde mental de seus amigos e de seus familiares. Isso afeta sobretudo os jovens, que nasceram e cresceram permeados pela apatia e pela indiferença da sociedade como um todo, o que faz com que o suicídio seja mais difícil de ser evitado.     Outrossim, o advento da World Wide Web e das redes sociais potencializaram a prática do suicídio. Os jovens brasileiros estão sempre onlines e conectados em seus mundos virtuais, através do ''Facebook'', ''Whatsapp'' e do ''Instagram'', porém na realidade se encontram sozinhos e isolados em seus quartos. As contradições da tecnologia, que ao mesmo tempo inclui e exclui, resulta em um sentimento de solidão frente a multidão. Por conseguinte, os jovens não recebem a devida ajuda que necessitam quando passam por momentos difíceis na vida, recorrendo ao sacrifício da própria vida como última medida.     Torna-se evidente, portanto, que a prática do suicídio entre os jovens no Brasil precisa ser combatida. Nesse sentido, cabe ao Ministério da Saúde desenvolver uma campanha televisiva que aborde a importância da saúde mental e do contato com as outras pessoas, a fim de que o tema deixe de ser considerado um tabu. À sociedade civil, por sua vez, compete promover o diálogo, a assistência e a ajuda necessária para que os jovens encontrem apoio nas próprias redes sociais, e possam encontrar a esperança de superar seus problemas. Dessarte, poder-se-á prevenir o suicídio entre os jovens no país, evitando desfechos como o de "Romeu e Julieta".