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Enviada em: 02/11/2017

No livro “Garotas de Vidro” é relatada a luta interna de uma garota de 17 anos que tenta diversas vezes tirar sua própria vida por não se encaixar nos padrões impostos pela sociedade. Vale salientar que casos como este não estão restritos apenas à histórias fictícias, afinal, o número de jovens que cometem suicídio está crescendo dia após dia. Dentre todas as possíveis causas desse acontecimento, a internet que possui um importante papel na formação de opinião pode ser um dos vilões dessa história, além da incompreensão do jovem por parte da família, fatores que podem motivar essa prática do suicídio.     Nos dias atuais, a internet vem ganhando uma enorme influência na vida dos jovens, que consideram os estereótipos impostos por ela como modelo de “perfeição”. Alguns jovens, como a blogueira mais influente de 2015 Bruna Vieira, são considerados “Digital influencers”, pois eles podem tornar tudo que usam ou são um padrão a ser seguido. Entretanto, o fato de alguns não conseguirem seguir determinados padrões pode gerar um sentimento de inferioridade e incapacidade que com o tempo podem agravar-se e levar o indivíduo a tirar a própria vida.    Outro fator existente que corrobora para o aumento na morte de jovens é a incompreensão por parte dos amigos e familiares acerca das mudanças físicas e psicológicas que ocorrem no decorrer da puberdade. Em consequência a isso, surgem práticas como o bullying e a discriminação que tornam o indivíduo uma pessoa triste e, por vezes, depressiva. Como “fuga” dessa realidade, alguns optam por participar de jogos online como o intitulado “Baleia Azul” que ganhou notoriedade nas mídias em 2017. Nesse jogo, o jovem era submetido a diversos desafios que incluíam inclusive a automutilação, até chegar no último estágio do jogo: o suicídio.     Torna-se evidente, portanto, que a influencia da internet e a falta de apoio podem levar a um caminho sem volta. Para tanto, o Ministério da educação em parceria com o Ministério da saúde devem disponibilizar aos professores especialização por meio de educação a distância que deem aos profissionais a capacidade de reconhecer um aluno com tendências depressivas para que possa ser dado a ele o devido acompanhamento com o intuito de que este não venha a se suicidar. Ademais, faz-se necessário fiscalizações nas redes sociais que visem localizar os criadores de jogos suicidas e bani-los de tais espaços públicos.