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Enviada em: 04/11/2017

O sociólogo Émile Durkheim em sua obra "O suicídio" apresenta estatísticas e argumentos que se sobrepõem à ideologia social atual, que consiste em caracterizar o autocídio como decisão individual. Porém, tendo em vista as taxas do ato nas mais divergentes sociedades analisadas por ele, é possível concluir que o suicídio se tornou um impasse, no qual a população possui uma gritante contribuição tanto maléfica quanto benéfica.        Segundo o autor, o autocídio é caracterizado em altruísta, egoísta e anômico, que respectivamente significam a prática do ato por razões de obediência à um grupo/sociedade que pertence, como os camicases que se lançaram contra inimigos em aeronaves na Segunda Guerra Mundial com intuito de honrar o imperador, de isolamento que é representado na serie Os 13 porquês, na qual a protagonista sente o desejo de inserir-se no meio social em que vive, porém não consegue êxito e por fim, de mudanças bruscas no modo de vida onde é válido lembrar das famílias que se suicidaram na crise de 29, que afetou gravemente a vida econômica dos americanos. Indubitavelmente, Durkheim esclarece que a prática de suicídio é um fato social.          A princípio, o suicídio denominado egoísta é o mais recorrente entre os jovens tendo como causas prevalecentes o bullying e a depressão, essa que pode surgir por inúmeros fatores. A depressão tende a isolar as pessoas do convívio social, portanto é de extrema importância que a sociedade esteja alerta para isso no ambiente escolar e familiar, pois nos mais graves casos, independente da faixa etária, o suicídio se torna porta de saída para o fim dos problemas enfrentados. A maneira como, após o diagnostico, o doente é tratado é de fundamental relevância para a eficácia do tratamento, pois com o estado emocional já debilitado, o apoio dos mais próximos gera confiança e persistência na continuação do processo de cura, assim, como o inverso disso gerará malefícios irremediáveis.     Por conseguinte, torna se imperativo que o Ministério da Saúde (MS) promova campanhas midiáticas, envolvendo os temas relacionados ao tema, como os problemas gerados pelo isolamento, o combate a ideologia que caracteriza o suicídio como única opção e a prática do bullying, com objetivo de conscientizar a sociedade sobre o auxílio necessário que deve ser dado aos acometidos com essa doença, gerando, assim, também um alerta a toda a população sobre si, com intuito de que haja procura para a resolução do problema e a diminuição das taxas de suicídio e por fim, orientando todas as faixas etárias sobre o malefícios do bullying, que se encontra cada vez mais imerso na sociedade contemporânea.