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Enviada em: 03/11/2017

Uma campanha publicitária na Coreia do Sul reduziu 85% dos suicídios no país. A publicidade consistia em frases amigáveis ao longo do trecho da ponte, que fez muitas pessoas repensar antes de tirar as suas próprias vidas. No Brasil, o suicídio também atormenta muitos, principalmente os jovens, entretanto, a discussão sobre o assunto ainda é minima. Portanto, vale refletir sobre os caminhos que devem ser tomados para reduzir o índice de suicídio entre os jovens no Brasil, através do diálogo entre as pessoas e sobre o assunto em si.    Primordialmente, quando se refere ao suicídio é inevitável não fazer referencia às relações afetivas da contemporaneidade. Zygmunt Bauman, sociológo polonês, usa o termo Modernidade Líquida para definir a sociedade do seculo XXI. Com esse conceito, surge a ideia que tudo é liquido, inclusive os laços de amizade, ou seja, o individualismo e a efemeridade das relações são comuns no mundo moderno. Portanto, muitos jovens se sentem cada vez mais isolados e solitários, o que podem ser primícias para a depressão, ou o famoso mal do século.         Outrossim, vale também analisar como a falta de abordagem sobre o tema é a raiz para essa problemática. Primeiramente, existem muitos preconceitos que permeiam a discussão das doenças mentais. Sendo assim, o suicídio ainda é um tabu para muitos. Ademais, a Organização Mundial da Saúde aconselha a não demonstração,por meio da arte,detalhes sobre o suicídio, para não romantizar as tragédias. No entanto, em 2017, através da série "Os 13 Porques", o tema teve uma repercussão maior e obteve espaço para informação sobre como perceber e ajudar as pessoas que sofrem de depressão e como as mesmas também podem buscar ajuda. Logo, a conscientização das pessoas, seja pelo meio da arte, ou por campanhas publicitarias, ajudam diretamente na prevenção.      Percebe-se, portanto, que a redução do suicídio deve ser realizada através da comunicação nas diferentes esferas. O Ministério da Saúde tem o papel principal de divulgar por meio da mídia sobre os transtornos mentais e psicológicos e como são identificados. Além disso devem tornar o Centro de Valorização da Vida conhecido por todos, através de campanhas televisadas. Sendo assim, informação será disponível para todos e mitos serão derrubados. Ademais, o governo deve direcionar parte da verba para atendimento psicológico gratuito em todos os municípios, por meio do Sistema Único de Saúde. Por fim, cada individuo deve buscar fortalecer os laços de amizade, estar mais atento ao outro, pois escutar e praticar a empatia e alteridade pode fazer muita diferença. Sendo assim, a comunicação entre os indivíduos e a plena abordagem do assunto, garantirá uma ponte para a vida.