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Enviada em: 27/12/2017

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês falecido em janeiro deste ano, a velocidade é a principal marca dos dias atuais. Nesse sentido, a rapidez que caracteriza a pós-modernidade afeta negativamente diversos aspectos da vida cotidiana, dentre eles, a relação das pessoas com a questão do suicídio. Um grave reflexo dessa conjuntura é a alarmante cobrança imposta pela sociedade, bem como o crescimento do bullying no Brasil. Logo, é imperativo queno poder público e a sociedade se unam para enfrentar esse problema.          O aumento notório do suicídio nas últimas décadas deve-se a inúmeros fatores, dentre tantos, a pressão imposta pela sociedade sobre os determinates da vida. Tal fato é associado ao modelo de sociedade adotado a séculos atrás, no qual as pessoas devem cumprir o rito de formar, trabalhar, casar e ter filhos antes dos 30 anos. Em decorrência disso, em muitos casos, a maioria dos indivíduos não aguentam a cobrança dos familiares e amigos e acabam adquirindo a depressão podendo chegar ao suicídio.           Em paralelo a questão das exigências da sociedade, o crescimento do bullying, sobretudo no que se refere a crianças e a adolescente, também é um fator determinante nessa discussão. Conforme a Psicologia do Desenvolvimento, o jovem é facilmente influenciado pelas opniões alheias e, nesta tentativa de se encaixar, passa a agir de forma inconstante. No estágio em que se adquire uma identidade psicossocial, se as questões não forem bem resolvidas, o adolescente não reconhece sua identidade e seu papel no mundo o que ocaba resultando em dor, frustração, tédio e desejo pela morte. Físicos ou psicológicos, o impacto do bullying é tão expressivo que é um dos principais motivos de suicídio entre as crianças e os adolecentes.             À redução das cobranças imposta pela sociedade aliada ao combate ao bullying são, portanto os caminhos que devem ser trilhados pela sociedade objetivando combater o suicídio. Para tanto, o Governo Federal, em parceria com a grande mídia, devem divulgar campanhas publicitárias com o intuito de não só conscientizar a sociedade sobre o suicídio, bem como as causas que levam até ele. Ademais, o Ministério da Educação juntamente com o Ministério da Saúde, deve identificar os fatores  de risco, estabelecendo linhas que estimulem a autoestima das crianças e dos adolescentes e também criando espaços de diálogo para eles.