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Enviada em: 25/03/2018

Em meados de 2017, alastrou na sociedade brasileira, em preponderância aos jovens, a série da Netflix "Os treze porquês", que narra a história de uma jovem, Hannah Baker, que sufocada pelos comentários de cunho sexual, atreladas a diversas calúnias e difamações, a coagiu a cometer suicídio. Um fato interessante é que, apenas após duas semanas de sua morte, descobriram tal ato, evidenciando, portanto, a omissão de amigos e pais em relação às mudanças de comportamento da jovem, que é um dos sinais que preconiza o ato do suicídio.           Apesar de ser uma ficção, essa problemática, a saber o suicídio, aflige o Brasil. Em números, o suicídio é a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos mais prevalecente no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, dados divulgados no dia 21 de setembro de 2017. Neste mesmo mês, Setembro, conscientiza-se a população brasileira através da campanha Setembro Amarelo, sobre a prevenção do suicídio entre os jovens. Organizadores dessa campanha, possuem esperança e confiança nessa campanha, em virtude de 9 a cada 10 casos poderem ser evitados com diálogos, segundo a OMS, isso remete que, pais, familiares e amigos, têm que ficar ainda mais alertas em qualquer mudança de comportamento de seus filhos, parentes e amigos, visto que, em tese, o suicídio é tido como silencioso, isso até o ato ocorrer, por que a partir do mesmo, de forma unânime, há choro e pranteamento pela morte de seu ente, e amigo.       Segundo o psiquiatra, professor e escritor brasileiro Augusto Cury "Quando uma pessoa pensa em suicídio, ela quer matar a dor, mas nunca a vida.", nesse contexto é possível afirmar que a dor dentro de uma pessoa, causada por inúmeros acontecimentos, como desilusão amorosa, demissão do trabalho, a não aceitação de seu padrão na sociedade, é tão intensa, que o indivíduo busca aliviar essa dor a cortando pela raiz, isso é, tirando a própria vida a fim de aniquilar seus problemas, como aconteceu com Hannah Baker, que no seu caso, era motivo de piadas e ridicularizações em sua escola.       É evidente, portanto, que, os pais, mais atentos do que nunca, mantenham seus olhares no comportamento de seus filhos, com total discernimento a atitudes incomuns e sensibilidade para os identificá-los o quanto antes. Cabe, portanto, ao Estado incentivar de maneira efetiva, às campanhas que tentam prevenir o suicídio, realizando campanhas sociais, como por exemplo financiando psicólogos e psiquiatras voluntários para, periodicamente durante o mês, realizarem um encontro a fim de conversarem com alguns jovens que pensam em suicídio. A mídia atuaria na divulgação desses encontros e o dinheiro para esses encontros viria da criação de uma campanha de mobilização social, como o Criança Esperança, para arrecadação de verba, onde a mídia arrecadaria o dinheiro.