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Enviada em: 21/03/2018

Falar sobre suicídio é tabu na sociedade informatizada. Apesar do fato em si ganhar certa visibilidade pela mídia, as razões que o precedem não são discutidos como caso de saúde pública. Como consequência, o despreparo das comunidades a respeito do assunto, fornece condições propícias para que o ato de tirar a própria vida tenha êxito, principalmente entre os jovens.    Como proposto por Durkheim em sua obra ''O Suicídio'', o ato de suicidar-se apesar de parecer um fato individual é um fato social. A ideia é reforçada quando evidencia-se o bullying, uma perturbação em uma instituição social importante para o individuo, sendo apontado como razão para suicídios. Os adolescentes, por estarem menos amparados por estruturas sociais, como casamento, trabalho ou filhos, acabam sendo vítimas mais vulneráveis ao autocídio.    Doenças mentais, alvos de preconceito e estereotipagem, também são apontadas como fatores que impulsionam o suicídio. A depressão, distúrbio cada vez mais crescente entre os jovens, possui a atenção voltada a ela somente quando atinge seu extremo. Entretanto, não há uma conversa significativa que busca a compreensão a respeito do problema. O descaso e julgamento errôneo para com os distúrbios, influenciam a vitima a se sentir envergonhada por possuí-los e em buscar ajuda, deixando-a exposta.     Pela observação dos aspectos analisados, entende-se que a importância de dar visibilidade ao  assunto é fundamental ao combate desse mal. Cabe ao Ministério da Saúde promover campanhas que conscientizem e instruam sobre o o suicídio e as doenças psíquicas, promovendo também na divulgação de organizações especificas, como o Centro de Valorização a Vida (CVV). A mídia possui papel importante no compartilhamento de informações, devendo estar disposta a promover a discussão sobre o tema, abordando- o com responsabilidade, sempre de acordo com os guias da Organização Mundial de Saúde.