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Enviada em: 14/03/2018

A Caminhada para o futuro   Não são poucos os fatores envolvidos na discussão acerca dos caminhos para combater o suicídio entre os jovens no Brasil. O suicídio foi negligenciado por um longo período, além de ser encarado, também, como um tabu social. No entanto, com o extenso crescimento das taxas de suicídio no meio juvenil, o autoextermínio passou a ser considerado um problema de saúde pública no país. Dessa forma, basta observar os motivos que levam uma pessoa a tirar a própria vida e quais as formas de prevenção do problema. Logo, compreender os aspectos que levam a esse cenário é fundamental para alcançar melhorias.    Em primeiro lugar, vale ressaltar que as taxas de suicídio entre os jovens subiram 10% desde 2002 e é a quarta maior causa de óbito entre os cidadãos de 15 a 29 anos, segundo o Ministério da Saúde. Os principais motivadores do ataque a própria vida estão, normalmente, associados a elementos como depressão, abuso de drogas e álcool, além das chamadas questões interpessoais - violência sexual, abusos, violência doméstica e bullying. Paralelamente, o pensamento suicida pode ser extinto quando as pessoas próximas do adolescente mostram o quão importante ele é. Assim, quando o jovem se sente valorizado e amado, estará muito menos inclinado a querer terminar com a própria existência.   Ainda nessa questão, é fundamental pontuar que existem gatilhos externos que podem influenciar uma pessoa, em condição vulnerável, a cometer suicídio. Para ilustrar, é útil o caso que ocorreu em 2017, no qual um peruano de 23 anos deixou gravações supostamente inspiradas pela série 13 reasons why, da Netflix, antes de cometer suicídio. Bem como, o jogo online "Baleia azul" cujo o desafio final era tirar a própria vida. Diante disso, observamos o quanto o assunto pode ser romantizado ou até mesmo induzido nos meios de comunicação, sendo necessário seguir as orientações da Organização Mundial da Saúde que indicam o modo como o suicídio deve ser retratado e tratado pela mídia.        Nesse sentido, ficam evidentes, portanto, os elementos que colaboram para o atual quadro negativo do país. Cabe a família, ficar atenta ao comportamento do jovem e buscar uma forma de contato com o adolescente, abrindo um espaço de diálogo, a fim de evitar o surgimento de pensamentos suicidas. É imprescindível, também, que o Ministério da Saúde em parceria com ONG's, realizem campanhas sociais e palestras sobre o assunto com o objetivo de conscientizar os indivíduos a respeito das maneiras de impedir que o suicídio ocorra com alguém próximo. É válido, inclusive, que o Setor Executivo amplie a supervisão dos atos online que incitam o suicídio, além de aumentar a eficiência das penas punitivas. Assim, a frase de Gandhi fará sentido: "O futuro dependerá daquilo que fazemos hoje".