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Enviada em: 20/02/2019

O Brasil é um país apaixonado pelo esporte. O seu quadro de conquistas é impressionante, 5 copas do mundo, tricampeão olímpico de vôlei e a lista continua.Contudo, este aspecto, que é motivo de orgulho, hoje é motivo de tristeza, devido à violência no esporte. Este comportamento é fruto da desigualdade social aliada a postura dos clubes. Assim, cenas como a destruição do patrimônio esportivo realizadas pelas torcidas organizadas são apenas uma das consequências da hostilidade apresentada pelo torcedor, que tende a persistir se nada for feito. Primeiramente, é necessário apontar, que a principal razão para violência no esporte é o desnível social. Essa afirmação é verídica, quando analisada a condição do jovem na torcida organizada. Dentro do sistema, o adolescente muitas vezes de classe mais humilde, sem estrutura familiar encontra neste espaço algo semelhante e com função parecida, ensinar os valores morais da sociedade. Todavia, essa substituição desta instituição social é falha, uma vez que os ideais de violência são transmitidos a partir desta, ensinando o jovem que em uma partida de futebol por exemplo deve-se ter comportamentos semelhantes ao de um torcedor assistindo a um espetáculo sanguinário no coliseu na Roma antiga. Isto posto, as consequências são claras: o jovem continua sem amparo social e o esporte perde, ao sofrer com cenas decepcionantes como fãs invadindo centros de treinamento e ameaçando jogadores. Outro aspecto, que contribui para a persistência da agressividade é o posicionamento dos clubes, que compactuam com atitudes reprováveis. Um exemplo, são os benefícios dados por algumas equipes a adeptos da organizadas, desde ingressos mais baratos ao cumprimento de exigências feitas pelos mesmos. Esse tipo de atitude compactua com a ideia da filosofa Hannah Arendt de banalização da violência, ou seja, os clubes ao permitir que fãs desordeiros tomem decisões, eles informam todos que a selvageria realizada é um mal pequeno e pouco importante, pois a paixão por determinado time justifica tal. Assim, a consequência para o esporte é a destruição de patrimônio público e o medo imposto, levando famílias a se afastarem de atividades do gênero, para procurar algo mais seguro. Isto posto, e com o intuito de melhorar a convivência no ambiente esportivo, cabe aos governos estaduais, a partir da secretaria do esporte realizar eventos e campanhas adjuntos de clubes com o foco de promover o fim da violência e assim tornar as atividades do gênero amistosas e agradáveis, uma vez que, a união de público e privado ( instituições atléticas ) mostrará para a sociedade, que o objetivo em comum é a diversão e o respeito, o objetivo inicial de toda essa discussão.