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Enviada em: 19/02/2019

A violência hoje retratada no esporte, sem dúvidas, advém de uma face da sociedade brasileira que engloba a mesma em seu cotidiano. A atividade física tem como característica, teoricamente, a união e interação saudável entre torcedores. Porém, sabemos que a teoria é deixada de lado quando se tratam de alguns episódios ocorridos no esporte brasileiro, como por exemplo, situações violentas e agressivas entre a própria torcida e/ou jogadores. Seja qual for a modalidade, as matérias que relatam a ocorrência desses fenômenos no Brasil, tem lugar de destaque nos noticiários.  A falta de fiscalização nos locais de jogos, de fato, facilitam ações invasoras e agressivas por parte de um grupo, ou uma simples pessoa, a outro torcedor. Não são conhecidos ao certo quais são os motivos para tal violência, no entanto, é sabido que a rivalidade entre torcidas e a impunidade das mesmas, cooperam para tal. No ano de 2014, foram 18 mortes comprovadamente motivadas por rivalidades clubísticas, como atestam números oficiais tabulados pelo sociólogo Mauricio Murad ao jornal O Globo.   Em situações em que um ser humano atinge outro, seja fisicamente ou psicologicamente, é nítido como a frase célebre de Thomas Hobbes "O homem é o lobo do homem" exemplifica de maneira simplória tal relação entre os torcedores nas arquibancadas durante uma partida esportiva. Visto que, ao ocorrer um ataque, devido a um insulto resultante do fanatismo esportivo de uma pessoa à outra, nada mais é do que o próprio ser humano revelando sua essência naturalmente má defendida pelo filósofo inglês. Nessas horas, é imprescindível a presença de oficiais militares no local para garantir a segurança do público.  Uma vez que, eventos como esses estão cada vez mais presentes nas relações esportivas, aumentando os números de acidentes nos estádios brasileiros, cabe aos clubes reforçarem a segurança no local e punirem mais rigorosamente os envolvidos. Com relação as torcidas organizadas, é necessário por parte das mesmas, um exercício de empatia, e a consciência do ditado popular certeiro de que violência só gera mais violência. Tornando assim, eventos esportivos prazerosos como pregam e devem ser.