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Enviada em: 20/02/2019

Esporte é qualquer forma de atividade física praticada com finalidade recreativa, educativa, sociocultural, profissional ou como meio de melhorar a saúde. Tendo em vista que 104 episódios violentos foram registrados no futebol brasileiro no ano de 2017, esporte esse tão tradicional culturalmente no país, segundo levantamento realizado pela Pesquisa de Mestrado da Universo, é incontestável que o aumento da violência presenciado especialmente neste esporte por parte das torcidas, é reflexo da própria violência vivenciada pelo povo cotidianamente.   A falta de segurança e o constante aumento da desigualdade social, atrelada à incapacidade das autoridades de lidarem com esse problema, se mostram causas inquestionáveis para a violência no futebol. O anonimato, em conjunto com a sensação de pertencimento promovida pela torcida, se tornam a faísca necessária para a manifestação da violência na qual o sujeito se encontra inserido diariamente, prevendo também a legitimidade necessária para que o indivíduo o qual, em sua maioria vem de origem precária, se sinta pertencente e assim, motivado a expor seus sentimentos e impulsos.   Desse modo, a teoria do Relativismo Cultural de Franz Boas, onde todo elemento cultural é legítimo e deve ser analisado dentro de seu contexto de origem, a insegurança sentida tanto pelos atletas quanto pela torcida não se mostra fora do contexto atual. A falta de punições adequadas conjuntamente com as autoridades conflitantes, não permitem uma resposta direta à violência dentro do esporte assim, colaborando para que a mesma não se extingue.   Portanto, a violência do esporte na contemporaneidade é um problema de suma importância que precisa ser debatido. Sendo assim, o Ministério da Segurança Pública pode investir no preparo de profissionais especializados em combater a violência tanto no futebol como nos outros esportes, garantindo dessa maneira a segurança dos indivíduos dentro do contexto esportivo.