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Enviada em: 17/02/2019

Junho de 1988, data da primeira morte registrada decorrente da violência no esporte brasileiro. Desde então o número de atos agressivos em estádios no Brasil têm se mostrado alarmante. Porém, se forem analisadas as causas do problema, as consequências poderão ser remediadas e até mesmo evitadas, como  outros países no exterior já fizeram.  “O comportamento e a segurança da multidão estão diretamente relacionados à qualidade das acomodações e instalações” disse e o magistrado Peter Taylor quando a Inglaterra enfrentava a difícil situação dos "Hoolingans". De fato , a violência no esporte brasileiro, sobretudo nos estádios, está vinculada à estrutura, embora não restrita a esta: em 2014 foram 67 casos de infrações do artigo que diz respeito ao vandalismo, arremesso de objetos, desordem e atos de violência segundo o jornal O Globo.   Podem ser citadas diversas causas para tantos atos de brutalidade, mas aquela que aparece em primeiro lugar para ser resolvida é a falta de organização. Em 2017, segundo a PM, cerca de 8 mil pessoas invadiram o Maracanã, como um ato premeditado, por integrantes de  torcidas já banidas dos jogos por envolvimento em brigas. Poucos seguranças para a contenção de enormes grupos, estabelecimentos aos pedaços; fáceis de serem utilizados como armas e invasões de contingentes de pessoas revelam a tremenda negligência com os acontecimentos registrados no Brasil há 30 anos.   A complicação ocorrente nos estádios não se limita ao cenário brasileiro, porém tem sido remediada com sucesso em outras nacionalidades e por essa razão o Brasil deve tomar atitudes espelhadas nas soluções encontradas por países que enfrentam tal situação. Sendo assim, cabe aos clubes imporem um processo de identificação nas entradas e posicionamento de câmeras pelo estabelecimento, para que assim o reconhecimento daqueles que causam distúrbio seja facilitado e as movimentações correspondentes a brigas sejam percebidas com antecedência. Aqueles que perturbarem a ordem devem ser expulsos e proibidos de assistir aos jogos, como na Inglaterra, onde a medida incluía que os torcedores violentos deveriam permanecer nas delegacias até o final dos jogos.