Esporte é qualquer forma de atividade física praticada com finalidade recreativa, educativa, sociocultural, profissional ou como meio de melhorar a saúde. No ano de 2017, 104 episódios violentos foram registrados no futebol brasileiro, esporte esse tão tradicional no país, segundo levantamento realizado pela Pesquisa de Mestrado da Universo. Por conseguinte, é incontestável que o aumento da violência presenciado especialmente neste esporte por parte das torcidas, é reflexo da própria violência vivenciada pelo povo cotidianamente. A falta de segurança e o constante aumento da desigualdade social, atrelada à incapacidade das autoridades de lidarem com esse problema, se mostram causas inquestionáveis para a violência no futebol. O anonimato, em conjunto com a sensação de pertencimento promovida pela torcida, se tornam a faísca necessária para a manifestação da violência na qual o sujeito se encontra inserido diariamente, prevendo também a legitimidade necessária para que o indivíduo o qual, em sua maioria vem de origem precária, se sinta pertencente e assim, motivado a expor seus sentimentos e impulsos. Desse modo, a teoria do Relativismo Cultural de Franz Boas, onde todo elemento cultural é legítimo e deve ser analisado dentro de seu contexto de origem, a insegurança sentida tanto pelos atletas quanto pela torcida não se mostra fora do contexto atual. A falta de punições adequadas conjuntamente com as autoridades conflitantes, não permitem uma resposta direta à violência dentro do esporte assim, colaborando para que a mesma não se extingue. Portanto, a violência no esporte na contemporaneidade é um problema de suma importância que precisa ser debatido. Sendo assim, o Ministério da Segurança Pública pode investir no preparo de profissionais especializados em combater a violência tanto no futebol como nos outros esportes, garantindo dessa maneira a segurança dos indivíduos dentro do contexto esportivo.