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Enviada em: 16/03/2019

Consoante a teoria do filósofo Thomas Hobbes,por meio da frase "o homem é o lobo do próprio homem",nota-se que a essência humana abarca a noção da voracidade e da competitividade.Tal perspectiva é bastante perpassada pelo esporte brasileiro,haja vista os casos de violência sucedidos dentro e fora de estádios ou de quadras,motivados pela falta de autolimite propagadora de discursos de ódio e pelo ambiente social que também fomenta violência.Desse modo,é válido analisar o quão depreciativo é o embate físico e moral ocorrido no esporte do Brasil.   É indubitável como a mentalidade intolerante do atleta ou do torcedor parte inicialmente deles mesmos,uma vez que o caráter animalesco do próprio lobo citado por Hobbes inibe o autocontrole racional.A partir dessa reação,é que se presenciam ataques físicos entre torcidas organizadas,xingamentos  contras os jogadores e a disseminação generalizada de discursos de ódio,que perpetuam preconceitos sociais,étnicos e de gênero.Logo,tudo o que caracteriza de mais primitivo e irracional é incorporado ao indivíduo em momentos de disputa e acirramento no esporte,como jogos de futebol e de vôlei,por exemplo.    Ainda,tal comportamento brutal do homem,é sustentado pelo contexto social,que não consegue frear a violência no esporte.Nesse meio,vale ressaltar a ineficiência das competições que ocorreram no Brasil,a Copa do Mundo de 2014 e a Rio 2016,em não trazer de forma plena uma mudança de postura da maioria dos brasileiros frente ao panorama esportivo.Evidentemente,o legado,que,em tese tenderia às noções de respeito e igualdade,transformou-se em intolerância.Um fato recente,aconteceu em uma partida de vôlei entre as equipes Praia Clube e Minas,onde a oposto praiana Paula Borgo foi humilhada e xingada de burra pela torcida adversária,revelando que muito ainda tem de mudar no Brasil.     Por conseguinte,para amainar o brutalismo desse homem-lobo,é preciso instrução e consciência social.Para tal,a mídia brasileira pode fomentar a noção de autocrítica de torcedores e de atletas de alto rendimento no cenário esportivo,por meio de propagandas com a utilização de atores conhecidos para simular atos de violência no contexto do esporte,mostrando,por sua vez,como é depreciativo e condenatório práticas de brigas e de xingamentos.Isso promoverá uma limitação da interface voraz do homem.