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Enviada em: 22/04/2019

Os duelos de gladiadores - escravos treinados para lutar até a morte - fez durante muitos anos parte do entretenimento para um numeroso público nas arenas da cidade de Roma Antiga. De maneira análoga,os campeonatos de futebol brasileiro assemelham-se a esses eventos,uma vez que,o cenário é dotado de violências e de rivalidades, que lamentavelmente, devido a  falta de empatia entre torcedores de times opositores antes, durante e após os jogos podem provocar consequências com vítimas fatais.       A priori,é indubitável que não reconhecer o outro como indivíduo humano é causa principal para que a violência ocorra.Sob essa óptica,o esporte símbolo nacional -futebol- tem perdido seu sentido original que deveria ser o de união entre as diferenças em prol da prática esportiva, tipifica de modo errôneo o pensamento do filósofo contratualista Thomas Hobbes "o homem é o lobo do homem", pois mesmo não tendo um predador natural na cadeia alimentar, ele mesmo destrói sua espécie.Nessa vereda,é pueril acreditar que no local em que deveria ser destinado ao lúdico coexista também um sentimento fraterno entre as oposições assombrosamente violentas.       A posteriori, a falta de respeito a dignidade humana é notória em cenas de selvageria nos estádios quando há brigas, sobretudo, entre torcidas organizadas que findam desde depredação de patrimônio público, danos morais e até mesmo assassinatos. À guisa,casos em que torcedores tentaram intimidar o jogador Daniel Alves ao lançar bananas no campo ou o ocorrido em Pernambuco- 2014,em que um eufórico competidor arremessou um vaso sanitário na cabeça de um torcedor do time adversário revela o extremo do futebol. Sob esse prisma, é fundamental estimular desde a infância o lado oposto ao da ferocidade denunciada pelas grandes mídias televisivas, uma verdade,geralmente desapercebida: a da inclusão social defendida pelos clubes e do amor pelo contexto da prática de atividades esportivas, que faz da nação brasileira ser reconhecida mundialmente pelo seu futebol .       Destarte, é imperioso que as instituições sociais aliem-se para atenuar a problemática da violência no esporte brasileiro, sobretudo no futebol. Portanto, cabe ao corpo docente incentivar durante as aulas da disciplina de educação física a solidariedade e cooperação coletiva, visando desfazer o espirito de competitividade doentio, deve-se ,assim, esclarecer aos alunos que nem sempre perder é ruim, tal empatia precisa ser difundida por intermédio de rodas de brincadeiras e gincanas com a participação dos pais, pois a família é a base para estabelecer o respeito às diferenças.Ademais, cabe aos clubes fornecer em seus estádios maiores mecanismos de vigilância e proteção,tais como: maior monitoramento policial, credenciamento de digitais para permitir entrada e saída dos estádios. Talvez, o futebol brasileiro distanciar-se-á dos duelos de gladiadores romanos e tornar-se-á sociável novamente.