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Enviada em: 06/05/2019

A Carta Magna de 1988 assegura que os cidadãos gozem de direitos imprescindíveis - como a segurança pública - para a manutenção da equivalência social.No entanto,verifica-se grande discrepância entre a teoria documental e a realidade brasileira,visto que a problemática da violência no esporte persiste na sociedade hodierna,seja pelos ínfimos investimentos estatais,seja pela carência de penas severas aos criminosos.        Em primeiro lugar,consoante ao sociólogo Émile Dirkheim,o fato social é o modo coletivo de agir e de pensar,logo,um indivíduo que vive em um país marcado pela violência tende a adotar essa singularidade.Nesse contexto,o descaso governamental com o setor de segurança correlaciona-se diretamente à ineficiência das forças policiais no combate à hostilidade identificada no esporte nacional.Dessa forma,as taxas de homicídios são elevadas,sobretudo nos estádios de futebol - segundo UOL,de 2011 a 2015,cerca de cem pessoas morreram em virtude das brigas de torcidas.       Outrossim,sob a perspectiva filosófica de Theodor W. Adorno,a mídia  - no caso a internet - cria certos estereótipos que tiram a liberdade de pensamento e influenciam negativamente a população.Afinal,o estímulo à violência no ambiente esportivo torna-se progressivo nas redes sociais,visto que significativa parcela das torcidas organizadas recorre ao meio virtual para idealizar esses crimes.Assim,em divergência da Inglaterra,país que criou leis  rigorosas para combater tais infratores,a impunidade enraizada na historiografia brasileira favorece esse imbróglio.      Portanto,urge que o Estado,com o apoio da iniciativa privada,organize um serviço de inteligência no combate à violência no esporte,de modo que o monitoramento e o levantamento de dados dos transgressores sejam ampliados a fim de prevenir tais irregularidades.Ademais,cabe ao Judiciário,por meio da criação de um registro criminal,proibir a entrada dos torcedores que possuem um histórico delituoso dos eventos esportivos por um período mínimo de três anos.Com essas medidas,talvez,a teoria da Constituição Cidadã torne-se realidade ao garantir o direito à segurança.