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Enviada em: 27/04/2019

É consenso na comunidade sociopolítica hodierna, a maneira como parte dos torcedores de futebol no Brasil estão se rendendo gradativamente à violência e ao vandalismo. Todavia, na contemporaneidade, os mais afetados com essas mudanças de comportamento são os cidadãos que convivem com os fanáticos, pois as hostilidades vão muito além dos ginásios ou estádios, elas invadem bares, ruas e até casas, podendo aparecer não só como agressão física, mas também como verbal. Diante isso, há grandes dificuldades para garantir a tranquilidade do cidadão comum, devido a selvageria no cotidiano e a falta de atenção do Estado à questão.       Primeiramente, um obstáculo enfrentado por esses cidadãos é a negligência estatal, uma vez que o governo nem sempre cobra do Ministério da Segurança meios mais efetivos para garantir o bem estar e segurança pública,  como rege o Artigo 144 da constituição. Outrossim, se essas cobranças não forem feitas, os índices de feridos e mortos tende a crescer sucessivamente, moldando o corpo social e criando uma nova cultura, a  de que não se deve ter respeito pelo próximo.       Outro desafio é a mentalidade retrógrada de parte da nação, que age constantemente como se esta nova face intolerável da sociedade fosse normal. Citando Jean Rousseau: " O homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado". A frase do filósofo suiço parece fazer alusão a situação que a população canarinha se encontra, de modo que as "correntes" que os prendem são os desafios de combater a violência generalizada, em vista que, nos últimos 26 anos ao menos 101 pessoas morreram em brigas de torcida.       Logo, à proporção que o desconhecimento é substituído pela selvageria e falsas ideias, faz-se crucial o papel do Ministério da Educação para a criação de projetos educacionais nas escolas, os quais devem promover palestras e atividades lúdicas a respeito dos direitos do cidadão e relações sociais, - uma vez que as ações culturais tem imenso poder transformador, conscientizando assim a comunidade escolar e a sociedade no geral. Destarte, será possível criar uma nação que possa quebrar as "correntes" e de fato integrar os indivíduos, promover a plena construção de conhecimentos e segurança, garantindo assim, um país que proporciona igualdade.