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Enviada em: 28/04/2019

Diversão. Entretenimento. Lazer. Essas deveriam ser as palavras que melhor descreveriam o ato de praticar ou apreciar algum esporte, porém tais ações estão se transformando em atitudes de violência e brutalidade, principalmente dentro e fora do estádios de futebol, em que a rivalidade entre torcidas é bem expressiva. Tais rivalidades afetam todo o ambiente esportivo, sendo as ruas e avenidas o palco de grandes tragédias geradas pela violência gratuita de torcedores agressivos, que não usam o esporte como forma de recreação. Nesse sentido, é essencial discutir quais os geradores e os impactos causados pela alta agressividade  e hostilidade no meio esportivo.     Analisa-se, de início, que os fatores primordiais para existência de tal problemática residem em uma sociedade que prioriza "o ganhar", ao invés do divertimento e também em uma falha governamental na seguridade dos ambientes esportivos. É notório que a maioria dos torcedores utilizam o esporte como meio de extravasar seus sentimentos e criar uma forma de passatempo, porém muitos deles usufruem de tal ocasião para vandalização e geração de ódio, promovendo, assim, ambientes impróprios para levar a família ou para divertir-se. Dessa maneira, o fanatismo exagerado exprime a incapacidade do ser humano, agir de maneira prudente quando não há a vitória. Prova disso é que segundo o sociólogo Mauricio Murad, segundo suas pesquisas e análises, o Brasil é recordista de mortes por causa de futebol e a previsão é de que esse número aumente.     Pontua-se, ainda, que a falta de segurança nos ambientes esportivos, gera um um quadro ainda maior de violência. É importante ressaltar, que o número de pessoas é extremamente alto para o pequeno nível de guardas e policiais que devem proteger aquele local, o que permite a alguns torcedores iniciar conflitos. Desse modo, policiais acabam reféns de tais situações, pois não há o subsídio e o fornecimento de contingente proporcional ao ambiente da realização de muitos jogos esportivos, ficando claro a ineficácia do Estado em promover segurança pública.     Compreende-se, portanto, que ações devem ser feitas em prol da diminuição da violência no esporte brasileiro. Assim, urge que o Ministério da Justiça e Segurança Pública promova mais concursos para admissão de novos policiais, que possuam treinamento específico para lidar com grandes públicos, fornecendo aparato e contingente necessário para tais eventos, sendo esse um meio que garantirá mais segurança a população. Outro fator coadjuvante é que nas escolas, esse tema seja tratado de maneira crítica, com aulas ministradas por professores de educação física, que exprimam e desenvolvam no aluno o ato de jogar e torcer de forma saudável e racional, utilizando-se do exercício da alteridade e respeito. Desse modo, o esporte será, definitivamente, um espaço para se divertir.