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Enviada em: 29/04/2019

Em meados do século passado, o escritor austríaco Stefan Zweig mudou-se para o Brasil devido à perseguição nazista na Europa, bem recebido e impressionado com o potencial da nova casa, Zweig escreveu um livro cujo título é ate hoje repetido: “Brasil, país do futuro”. Entretanto, percebe-se que, o Brasil é recordista mundial de mortes por violência no esporte, contrariando os pensamentos de Zweig. Nesse contexto, deve analisar as violências entre torcidas organizadas no futebol e a violência verbal.        Em primeiro plano, verifica-se que atos de violência entre torcedores relacionados ao futebol é fator que sustenta o problema. De acordo com o G1.com, somente no ano de 2017, foram registrados 23 mortes, por consequência de conflitos envolvendo grupos organizados de torcedores, uma média de duas mortes por mês. Lamentavelmente um dos casos graves aconteceu no ano de 2013, na estreia do Corinthians contra o San José, onde um sinalizador disparado por um torcedor do Corinthians atingiu um jovem de 14 anos, torcedor do time boliviano que morreu a caminho do hospital. O resultado disso são famílias traumatizadas, não frequentando estádios por causa da violência entre times rivais.     Em adição a isso, a violência verbal no esporte identifica-se como outro agente marcante da problemática. De acordo com o jornal O Globo, o Bullying no esporte tomou proporções enormes, principalmente com o advento da internet, na qual manifestar-se contra ou a favor de um determinado time é jogar-se aos leões. Exemplo disso aconteceu com o brasileiro Daniel Alves, quando um torcedor jogou uma banana no campo, numa suposta atitude racista. Consequentemente esses tipos de atitudes de determinados torcedores acabam destruindo os conceitos por trás do que era para ser um elo entre pessoas.       Com o intuito de amenizar esses problemas, algumas atitudes devem ser tomadas. É papel do Ministério do Esporte juntamente com o governo federal efetuar punição mais severa, para as torcidas organizadas que provocarem tumultos, por intermédio de maior fiscalização nos estádios. Ademais, o Poder Judiciário pode criar uma justiça especializada para tratar os conflitos verbais, por meio de uma polícia especializada, para trabalhar durante os espetáculos esportivos, a fim de que com essas melhorias em prática a violência no esporte brasileiro tende a diminuir.