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Enviada em: 03/05/2019

Paradoxo do futebol         “Brasil, o país da violência no futebol”. A frase anterior, parafraseada de um ditado conhecido por todos os brasileiros, se adéqua melhor a situação, na qual, o pais é recordista mundial de óbitos relacionados ao esporte. Tal fato, relaciona-se às raízes históricas de violência que foram adquiridas, bem como a falta de aceitação de uma derrota. Além da consequências físicas, o bullying se faz muito presente no futebol.       Em primeira análise, vale ressaltar que a criação de jogos aconteceu na Grécia Antiga, com objetivo de evitar um maior número de mortos nas guerras. Porém, atualmente, são estes mesmos jogos os motivos da violência constatada, pois apesar de muitos séculos terem se passado, a habilidade de aceitar uma derrota e respeitá-la, ainda não foi adquirida. Cujos locais com mais casos de brigas nos estádios são: Rio Grande do Norte, São Paulo e Recife, segundo o sociólogo Maurício Murad.      Outrossim, de acordo com o jornal “El País”, no ano de 2017, dos 104 episódios de violência no futebol, foram constatadas 11 mortes. No entanto, não há apenas ataques físicos, como também é frequente a ocorrência de intolerância e bullying dentro dos estádios. Cujo exemplo, é o jogador Mario Lúcio Duarte Costa, o qual, foi chamado de “macaco” pela equipe adversária. Diante disso, percebe-se que existe uma confusão entre discurso de ódio e liberdade de expressão, em que, nem sempre é filtrado o que pode ser dito ou não.       Em suma, medidas para atenuar a violência nos estádios de futebol precisam ser tomadas. Iniciando pelas Secretarias de Polícia locais, que juntamente com o Governo Federal devem criar um programa de segurança mais eficiente, cadastrando dados de cada torcedor, que deve corresponder a um único assento da arquibancada, por meio da contratação de técnicos em informática, que promoverão um maior controle de todos os espectadores, principalmente nas cidades com um número mais elevado de violência nos estádios. Como também, é necessário que as escolas façam rodas de discussão de temas sociais semanalmente, por intermédio de professores capacitados no assunto ou psicólogos, para que neste ambiente, crianças e adolescentes saibam diferenciar a liberdade de expressão da intolerância, e assim, talvez um dia, o Brasil deixe de ser o pais da violência no futebol.